Interditada há três anos, a ponte da Vila Any, principal acesso entre Guarulhos e o bairro Itaim Paulista, em São Paulo, permanece com suas obras interrompidas. Seguindo o prefeito Sebastião Almeida (PT) e o secretário de Transporte e Transito, Atílio Pereira, uma família residente no local estaria se recusando a deixar a área já desapropriada.
A obra com orçamento de R$ 6,2 milhões é realizada em parceria entre as prefeituras de São Paulo e Guarulhos, além do Governo do Estado. Teve início em 30 de outubro de 2014, com previsão de término para 12 meses, o que não ocorreu.
O lado paulistano da obra foi concluído ainda em 2015, já a parte de Guarulhos teve problemas com a desapropriação de famílias. “Nós tivemos inúmeros problemas com moradores. Fazer obras dentro das grandes cidades é isso, você tem um projeto muito bonito, mas às vezes você encontra duzentas famílias pela frente. Enquanto você não encontrar uma solução para elas não tem como fazer a obra” explicou o prefeito.
As famílias do local receberam apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, em maio deste ano. Apesar da cerimônia simbólica de entrega das chaves, a mudança do local aconteceu cerca de dois meses depois. Porém apenas moradores da comunidade Hatsuta, Jardim Guaraci, Favela da Furp e Vila Laurita puderam realizar as mudanças.
Em meio a demora para a entrega das chaves, alguns apartamentos acabaram sendo depredados, moradores relataram furtos de fios e materias como pias, torneiras e outros objetos dos apartamentos, o que atrasou ainda mais a mudança dos moradores da Vila Any.
O prefeito não entrou em detalhes quanto a exigência da família que ainda reside no local e atrapalha o andamento da obra, mas afirmou que os trabalhos estão em estágio avançado e há a possibilidade de entregar a obra ainda este ano caso a família se retire do local o quanto antes.
Segundo o portal da prefeitura de São Paulo, “o projeto da ponte deve ter um vão de 45 metros de comprimento e 16 metros de largura, e não tem pilar central, apenas um vão único com vigas metálicas para ser levantado caso um dia o rio Tietê volte a ser navegável, como consta da legislação. A nova ponte terá capacidade para comportar duas pistas de rolamento, mais um espaço para ciclovia e uma calçada para pedestres. Tudo em um único empreendimento”.