Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), a GRU Airport – concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos, deu início, nesta quarta-feira (1º de fevereiro), a uma demissão em massa de aeroportuários. De um total de aproximadamente 1400 funcionários, a concessionária pretende demitir cerca de duzentas pessoas. O processo de demissão começou pela manhã. Só no Terminal de Cargas, mais de 40 aeroportuários foram dispensados.
"Nenhuma reestruturação justificaria demitir tantos trabalhadores em uma atividade que exige muita especialização e treinamento, e onde a segurança é fator crítico. É muita gente, o impacto será enorme para todos. A concessionária enxerga os funcionários como números. Não nos vê como pessoas", afirmam os dirigentes do Sina em Guarulhos.
O Sindicato é solidário a todos os trabalhadores que forem demitidos e coloca a assessoria jurídica da entidade à disposição. O Sina vai questionar as demissões em massa no Aeroporto de Guarulhos junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e ao Ministério dos Transportes, e pedir uma auditoria da Agência com o intuito de verificar se essa redução de mão de obra não irá comprometer a segurança operacional no Aeroporto. Também irá denunciar as demissões em massa na GRU Airport ao Ministério Público do Trabalho, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), e não descarta entrar na Justiça contra a concessionária.
Nesta quinta-feira (2/2), o vereador Brinquinho fará um pronunciamento na Câmara de Vereadores de Guarulhos, às 14h, sobre as demissões na GRU Airport, com a presença de trabalhadores demitidos e da direção do Sina. "Os aeroportuários na GRU já têm que enfrentar o assédio moral por aumento de produtividade constante, aceitaram um reajuste aquém do necessário por conta da crise no país, trabalham por dois ou mais pois a empresa contrata menos do que deveria, e agora são ameaçados com uma demissão em massa. Precisamos refletir sobre isso. A precarização do trabalho está chegando a um ponto inaceitável. Foi para isso que o governo federal privatizou o Aeroporto, para demitir com essa perversidade", questiona a direção do Sina, que está indignada com essa decisão.