Com a diminuição das chuvas e do atendimento a ocorrências de enchentes, deslizamentos e desmoronamentos, o trabalho da Coordenadoria da Defesa Civil Municipal passa a ser intensificado no sentido de orientar a população na prevenção de acidentes. É um trabalho constante de acompanhamento de áreas de risco e de comunidades que possuem moradias muito próximas uma das outras e muitas vezes com instalações elétricas irregulares – os chamados gatos.
Nessa época, quando os índices pluviométricos são baixos, o perigo de incêndio é muito grande, principalmente em áreas de vegetação. A Defesa Civil tem realizado um trabalho intenso de orientação nas áreas do Recreio São Jorge e no Jardim Fortaleza, informando a população sobre os perigos e como evitá-los.
Uma área problemática nesse período é a Serra da Cantareira, que faz limite com São Paulo. Em caso de incêndio, equipes da Defesa Civil treinadas para combater fogo na mata agem como apoio ao Corpo de Bombeiros. O trabalho de prevenção em parques florestais é feito por brigadas de incêndio, formadas por funcionários dos próprios locais. A incidência de queda de balões também é grande e os brigadistas monitoram o trajeto dos balões para evitar incêndios e até acidentes aéreos.
Para o coordenador da Defesa Civil, o coronel Waldir Pires, o trabalho de prevenção é de suma importância. “Quando nossas equipes não estão atendendo emergências, elas estão monitorando as áreas de risco, orientando e buscando, através de prevenção, evitar acidentes. A Defesa Civil muitas vezes só é lembrada em grandes catástrofes, deslizamentos e enchentes. Mas, o nosso trabalho é permanente. Todos os dias nós acompanhamos as áreas de risco, orientando e dando dicas aos moradores de como agir em caso de acidentes. Fazemos campanhas educativas. Esse é um trabalho de formiguinha e a gente conta com a colaboração da população, das secretarias municipais e temos um apoio enorme do prefeito Guti e do vice-prefeito Zeitune”, salienta.
Operação Verão
Chegou ao final na última sexta-feira, dia 31, a Operação Verão, que busca por meio de ações preventivas, preservar vidas e reduzir danos materiais causados por inundações e deslizamentos de terra.
A operação que se desenvolveu entre 1º de novembro e 31de março, não contou com muito volume de chuvas e nem grandes ocorrências, ao contrário do ano passado. A precipitação que atingiu Guarulhos durante este ano foi de 721,53 milímetros, enquanto em 2016 foi de 1.096,66 mm.
O mês de janeiro foi o que apresentou a maior média de chuvas: 205,57 milímetros. Nos demais, foram registrados 163,2 milímetros (novembro), 144,51 milímetros (dezembro), 74,33 milímetros (fevereiro) e 133,92 milímetros (março). Num total de 721,53 milímetros no período.
Atendimentos
A Defesa Civil atendeu 587 famílias, num total de 2.163 pessoas; foram 463 ocorrências durante os quatro meses da Operação Verão, sendo que a maioria de quedas de árvore (77), seguida de rachaduras em moradia e comércio (50) e desabamento de muro (37).
Ao todo, foram distribuídas 157 cestas básicas para munícipes afetados pelas chuvas, além de 274 colchões, 130 cobertores, 21 kits de higiene pessoal e seis kits de higiene doméstica, além de 1.385 metros de lona.
Serviço:
Telefones para emergências
Defesa Civil 199
Bombeiro 193
Polícia Militar 190