Cidades

Metalúrgicos vão fazer concentrações no Itapegica, Cumbica e Getúlio Vargas

Principal categoria fabril de Guarulhos, os metalúrgicos cruzam os braços na paralisação geral chamada pelas centrais, nesta sexta, dia 28. A greve contesta as reformas encaminhadas pelo governo Temer – previdenciária, trabalhista e terceirização irrestrita – que cortam direitos e conquistas.
 
O protesto dos metalúrgicos se soma às paralisações de condutores, servidores, comerciários, químicos, frentistas e outras categorias, representadas por 27 Sindicatos locais. Guarulhos é a segunda cidade do Estado, atrás da Capital. A greve local é apoiada pela CUT, Força, UGT, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas e Intersindical.
 
A ação nas fábricas começará logo após às 5h. Além das paralisações, o Sindicato fará concentrações em três pontos da cidade (bairros Itapegica, Jardim Cumbica e na Praça Getúlio Vargas, Centro) – na praça, às 11 horas, ocorrerá ato unitário do sindicalismo, precedido de panfletagem no comércio.
 
Para José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a greve é justa. Ele critica: “Não bastasse o desemprego brutal, somos atingidos por reformas altamente lesivas, que não foram discutidas com o sindicalismo”. Segundo o sindicalista, a mobilização deve ser forte em Guarulhos. “É grande a revolta entre os trabalhadores e a população. Isso cria condições para a força do nosso movimento”, comenta.
 
Pereira defende que o sindicalismo também já pense no pós-greve. “Precisamos ampliar o diálogo com a sociedade, expor nossas posições e cobrar do governo e do Congresso respeito a direitos e conquistas”. O metalúrgico refuta o receituário neoliberal, que, segundo ele, “deu errado em todos os países onde foi aplicado”.

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