Guarulhenses de todas as regiões da cidade devem ser afetados pela greve geral marcada para sexta-feira (28) por movimentos sociais e centrais sindicais. Uma das principais preocupações dos trabalhadores será a falta do transporte público, que já foi confirmada, por meio de um representante da CUT durante a sessão da Câmara dos Vereadores de terça-feira (25). Os ônibus municipais e que atendem linhas intermunicipais da EMTU permanecerão paralisados por 24 horas, a partir da meia noite desta quinta.
Grande parte dos trabalhadores do município exercem suas funções na cidade de São Paulo, utilizando muitas vezes, além de ônibus, o serviço de metrô e trem e já se preparam para a sexta-feira seguindo orientação de seus empregadores. A assistente de produto, Fabiana Marques, de 26 anos, que trabalha em uma empresa de e-commerce, no bairro Santo Amaro, contou que todos os funcionários foram orientados a usar o serviço de táxi com custo arcado pela empresa.
No caso do técnico de informática Roberto Moura, de 31 anos, e do supervisor de marketing, Kiyshi Mitusuru, 28 anos, que trabalham na região central da cidade, as empresas liberam os funcionários para que suas atividades sejam realizadas no sistema home office – quando o funcionário realiza suas funções de sua residência e encaminham online para o responsável.
O funcionário público Marcos da Silva, de 24 anos, trabalha na Lapa. Em seu departamento os funcionários foram orientado a comparecer independente da falta do transporte público. “Nós precisamos chegar até o local, não importa o horário, esta foi a ordem”, explicou.
Os funcionários de uma livraria na região da Paulista, receberam um aviso na última quarta-feira (26) com orientações para que saiam mais cedo de suas residências para que cheguem ao local de trabalho no horário. O funcionamento deve permanecer normal independenteda greve.
O responsável pelo setor de tecnologia, de uma empresa no setor de e-commerce, em Santana de Parnaíba, explicou que orientou seus colaboradores a encaminhar seus projetos de suas residências. “A maior parte dos funcionários são de regiões afastadas e não teriam como chegar a tempo de desenvolver o trabalho. Desta maneira a empresa não deixa de atender seus clientes e o funcionário consegue realizar suas funções”, esclareceu.
Os trabalhadores que permanecem na cidade durante a greve devem utilizar os aplicativos de celular de transporte privado, como a bancária Marcela Moura, de 32 anos, que foi orientada pelo responsável de sua agência a utilizar o serviço.
A Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) deve realizar na tarde desta quinta-feira(27) uma reunião com os setores responsáveis pelo planejamento e operação da pasta para analisar e estudar possibilidades de ações para o dia da greve. Até o fechamento da matéria nenhum plano emergencial para o transporte público foi encaminhado pela prefeitura.