Filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), o Sincoverg (Sindicato dos Condutores de Guarulhos) é uma das entidades que estão à frente. em Guarulhos, da greve geral, marcada para esta sexta-feira em todo o Brasil. Desde o início da semana, lideranças do sindicato vêm se manifestando em redes sociais indicando que os ônibus municipais e intermunicipais, que atendem as linhas da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), não deverão sair das garagens durante 24 horas a partir da 0h desta sexta-feira.
Desta forma, dezenas de milhares de guarulhenses, que dependem do transporte público, não terão como se dirigirem a seus locais de trabalho. Os veículos do sistema de transporte alimentador, formado por cooperativa de microônibus, apesar de não anunciar uma adesão em massa à greve, também não deverão sair das garagens, já que estão sendo pressionados pelas centrais sindicais. Desta forma, uma das poucas alternativas para os guarulhenses também estará inviabilizada.
A Secretaria de Transportes e Trânsito deverá, após uma reunião que esta sendo realizada nesta quinta-feira, adotar um esquema de emergência para minimizar os efeitos da paralisação no trânsito da cidade. Mesmo assim, a locomoção por ruas e avenidas de Guarulhos deverá ficar bastante prejudicada, devido ao número de automóveis a mais que irão para as ruas, além das paralisações que deverão ocorrer – promovidas pelas centrais – nas três rodovias (Dutra, Ayrton Senna e Hélio Smidt) que dão acesso ao Aeroporto, além da Fernão Dias.
A EMTU emitiu uma nota onde informa que exigirá que as empresas de ônibus coloquem seus veículos nas ruas, sob pena de serem autuadas conforme os contratos de concessão das linhas.
Em São Paulo, apesar do Governo do Estado já ter obtido decisões da Justiça que obrigam metroviários e funcionários da CPTM a manterem os trens em operação, principalmente nos horários de maior movimento, os sindicatos ligados às duas categorias garantem que a paralisação será total.
A Guarupass, associação que congrega as empresas de ônibus que atuam em Guarulhos, informou ao GuarulhosWeb que "a paralisação é motivada por questões que tramitam na esfera federal, como a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, e estão além das possibilidades de negociação da entidade e dos órgãos municipais competentes".