Cidades

Prefeitura mostra que reajuste vai de 5,33% a 11% para mais da metade do funcionalismo

Em vídeo divulgado na página da Prefeitura do Facebook, o secretário municipal de Gestão, Nilson Gonçalves, explicou em detalhes o reajuste ao funcionalismo proposto pela Prefeitura, que pode chegar até a 11% para os salários menores. “Não consideramos o reajuste ideal, mas, infelizmente, com o cenário atual e dificuldades, além do grande volume de acertos trabalhistas que ainda se encontra em atraso, esse é o reajuste que conseguiremos honrar”.
 
Reunidos na noite de sexta-feira, os servidores rejeitaram a proposta da Prefeitura e anunciaram que a categoria entrará em greve a partir de uma nova assembleia marcada para a manhã da próxima quinta-feira, dia 18. Nesta terça e quarta-feiras, administração e representantes do funcionalismo voltam a se reunir para discutir a possibilidade de uma nova proposta. Entretanto, fontes ligadas ao governo apontam que é muito improvável melhorar o índice já oferecido. A administação, inclusive, já se prepara para garantir os serviços básicos à população em caso de alguma paralisação. 
 
A proposta foi apresentada ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração Municipal na última quinta-feira, dia 11, que consiste em reajuste de 2%, estendido também ao vale refeição/alimentação, além de um cartão de cesta básica no valor de R$ 100,00, para serem gastos em compras nos supermercados da cidade, aos servidores municipais com salários de até R$ 3.266,00. “Os demais servidores que recebem acima dos R$ 3.266,00 terão a reposição de 2% nos salários e no vale refeição/alimentação. Já os comissionados de livre provimento, bem como secretários, subsecretários, coordenadores, diretores e o próprio prefeito não terão qualquer reajuste”. O problema, segundo fontes ligadas ao funcionalismo, é que os R$ 100,00 pagos na forma de um cartão para compra de alimentos não serão incorporados ao salário. 
 
Nilson lembrou que a atual gestão sempre defendeuque a reposição fosse superior à inflação acumulada. “Mais do que isso, sempre defendemos que a categoria fosse reconhecida com reposições justas e dignas.Mas precisamos ser responsáveis e garantir um reajuste que poderemos cumprir. Um aumento maior irá ocasionar, em alguns meses, a impossibilidade de honrar com a folha de pagamento”, afirmou.
 
O secretário lembrou que o prefeito Guti (PSB) assumiu a Prefeitura com R$ 7,5 bilhões em dívidas, inclusive para com o funcionalismo. “Somente nestes primeiros quatro meses de gestão já desembolsamos mais de R$ 42 milhões para pagamento de horas extras, férias e pecúnias que estavam atrasadas e ainda temos mais R$ 50 milhões em atraso para colocar em dia”, ressaltou.
 
No vídeo, Nilson explica que, diante da impossibilidade de aplicar aumento satisfatório a todos, a administração procurou uma fórmula para beneficiar os mais de 11.400 servidores que ganham menos, proporcionando reajustes entre 5,33% a 11%, ou seja, acima da inflação acumulada. “Não administramos a cidade somente para os que ganham pouco, mas é notório que estes servidores são mais necessitados e que com essa atitude estamos garantindo comida na mesa do servidor mais humilde”.
 

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