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Jovens do sexo masculino são 77,68% dos novos casos de HIV em Guarulhos

Levantamento feito com exclusividade para o GuarulhosWeb revela que, entre o dia 1º de janeiro e 17 de novembro deste ano, foram registrados 112 novos casos de HIV (human immunodeficiency víru ou vírus da imunodeficiência humana) em Guarulhos. Destes, 87 são homens (77,68%) e 25 mulheres (22,32%). Em ambos os casos, a maior taxa de incidência de HIV se dá em jovens com idades entre 20 e 34 anos.
 
São 54 jovens do sexo masculino com idades entre 20 e 34 anos e 11 do sexo feminino na mesma faixa etária. Os números dos novos casos notificados também chamam atenção na faixa etária dos adultos de 35 a 49 anos. Eles somam 22 casos de HIV e elas dez. Já os adolescentes, entre 15 e 19 anos são três meninos e uma menina. Cinco homens com idades entre 50 e 64 anos têm o HIV, dois estão na faixa dos 65 aos 79, e apenas um tem mais de 80 anos.
 
Entre os novos casos (ano de 2017) de mulheres infectadas pelo HIV com idades entre 50 e 64 anos o índice é pequeno, são apenas três. Não foram registradas na cidade novos casos de mulheres com o vírus acima dos 65anos. 
 
Os dados são de uma série histórica dos últimos dez anos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINANNET) levantados pela Secretaria de Saúde da Prefeitura. Eles revelam ainda que a cidade de Guarulhos registra atualmente 1519 pessoas infectadas pelo HIV e destes 1024 são homens (67%), enquanto as mulheres são 495 casos (33%). 
 
Existe hoje uma ampla discussão do conceito de vulnerabilidade ao HIV. Para a coordenadora do Programa Municipal de Infecções Sexualmente Transmissíveis – Aids, Keila Costa de Oliveira, o importante é ressaltar que, no contexto da prevenção do HIV/Aids, recomenda-se no sentido de pensar em uma política de saúde justa e equânime, levando em conta as especificidades dos sujeitos envolvidos, a partir do território onde vive. 
 
“Sabe-se que a infecção pelo HIV/Aids transcende questões biológicas e individuais, centrando importância no contexto social, o qual gera pobreza e desigualdade. O estigma e a discriminação geram igualmente vulnerabilidades, interferindo na dinâmica da epidemia, produzindo pessoas, grupos e comunidades com possibilidades de serem mais afetadas pela doença”.
 
HIV/AIDS
 
 Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. 
 

O Ministério da Saúde orienta a população a fazer o teste e a se proteger em todas as situações.

Assim pega:

·       Sexo vaginal sem camisinha;

·       Sexo anal sem camisinha;

·       Sexo oral sem camisinha;

·       Uso de seringa por mais de uma pessoa;

·       Transfusão de sangue contaminado;

·       Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;

·       Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Assim não pega:

·       Sexo desde que se use corretamente a camisinha;

·       Masturbação a dois;

·       Beijo no rosto ou na boca;

·       Suor e lágrima;

·       Picada de inseto;

·       Aperto de mão ou abraço;

·       Sabonete/toalha/lençóis;

·       Talheres/copos;

·       Assento de ônibus;

·       Piscina;

·       Banheiro;

·       Doação de sangue;

·       Pelo ar.

Fonte: Ministério da Saúde

 

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