Cidades

Vereadores visitam aterro sanitário de Guarulhos para atestar trabalho da Proactiva

Alvo de um imbróglio político e jurídico, o aterro de Guarulhos de 400 mil metros quadrados conta agora com uma nova gestão emergencial, a terceira em menos de um ano. Trata-se da Proactiva Meio Ambiente Brasil Ltda, que terá no máximo 180 dias para prestar serviços de gestão da operação e manutenção do Aterro Sanitário e manutenção e monitoramento do Aterro Controlado, conforme consta no convênio acessado pelo GuarulhosWeb.
 
O período de atuação da empresa poderá ser menor e o contrato rescindido, caso haja a conclusão do processo de licitação para a contratação regular e não emergencial de uma nova empresa. Segundo Felipe Nagem, diretor do Departamento de Limpeza Urbana da Secretaria de Serviços Públicos (SSP), 14 empresas concorrem no processo licitatório, inclusive a Proactiva já em ação. Destas,apenas nove foram habilitadas. Os envelopes do processo licitatórios, ainda segundo Nagem, devem ser abertos n primeira semana de janeiro de 2018.
 
Para fiscalizar o trabalho do aterro, os vereadores Genilda Bernardes e Edmílson Souza, ambos do PT, visitaram o aterro na manhã desta sexta-feira, 15, para acompanhar de perto os avanços do trabalho. O GuarulhosWeb participou da visita. “A minha preocupação é que esta é a terceira empresa em menos de um ano. É muita instabilidade, fora a nova licitação. A nossa preocupação é a transparência, o controle da entrada de caminhão, o controle da entrada do lixo que se faz aqui”, pontuou a vereadora. 
 
“Tivemos em menos de um ano, as empresas Quitaúna, a Enob, a Landfil e agora a Proactiva. É bastante gente em um aterro. A gente espera que agora as coisas se acalmem. Ele (o aterro) está muito compactado, já identificamos diversas situações que precisam ser melhoradas e os reparos estão sendo feitos”, disse Nagem, da SSP, a pasta responsável em acompanhar os trabalhos no aterro.
 
Segundo Denis Afonso, engenheiro técnico da Proactiva responsável pela operação no aterro, neste momento estão sendo feitas medidas emergenciais, como iluminação noturna, placas de sinalização, lombadas, entre outros. “O objetivo é garantir que a cobertura do resíduo seja bem feita. Garantir que todos os caminhões de coleta cheguem, descarreguem corretamente e voltem rápido a fazer as coletas no município para não atrapalhar o dia a dia na cidade. Hoje, se chegar uma fiscalização, eu te digo que nós não teremos problemas”, afirmou. 
 
O lixo 
Uma das preocupações do vereador Edmílson Souza diz respeito à falta de controle daquilo que entra no aterro, uma situação comum durante os anos em que o PT administrou Guarulhos. “Nós não temos um controle onde a gente consiga dar transparência para o que está entrando”. Em resposta, a Proactiva disse que está desenvolvendo um sistema para que  cada caminhão que chegue ao aterro seja fotografado, pesado e que as informações da pesagem sejam enviadas em tempo real para um banco de dados da Prefeitura.
 
“Hoje, nós temos um sistema que foi implementado há 30 anos pela Quitaúna, nunca foi trocado, nunca teve uma atualização. O que pesava lá teoricamente era o que estava certo e não tinha como confrontar. Hoje teremos dois meios”, apontou Felipe Nagem da SSP.
Segundo o contrato assinado pela secretária de Serviços Públicos, Loredana Emilia Piovesan Glasser, a Prefeitura de Guarulhos deverá pagar à Proactiva Meio Ambiente Brasil Ltda seis parcelas de R$ 2.130.400,00, totalizando R$ 12.782.400,00. 
 

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