Nos dias 13 e 14 de junho, Guarulhos recebe, no Teatro Padre Bento, o "Fórum Vacinas na Gestante". O evento promovido pela empresa GSK, tem como objetivo a capacitação de profissionais de saúde que atuam no pré-natal e nas salas de vacinação da Atenção Básica da saúde pública, realizando uma série de seminários sobre a vacinação no Brasil, com ênfase no calendário vacinal da gestante que é oferecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Os seminários já passaram por Juiz de Fora, Goiânia, Recife, Fortaleza, Brasília, Sorocaba, São Bernardo do Campo, Caxias do Sul, Belém, entre outros locais.
Um dos pontos abordados pelo fórum será a coqueluche, doença altamente contagiosa, transmitida facilmente de pessoa para pessoa, e os bebês de até seis meses de idade, que ainda não completaram o esquema primário de vacinação com DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), são mais suscetíveis à doença.
As mães são a fonte de infecção mais comum, sendo responsável por mais de 37% dos casos. E, para prevenir da doença e proteger o bebê, a vacinação da gestante é uma das formas mais eficazes.
Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), atualizado em outubro de 2017, apontam que, em todo o Brasil, a cobertura vacinal contra coqueluche (dTpa) entre gestantes chegou a apenas 38,4% em 2017, apesar da vacina ser gratuita para esse público nos postos de saúde. O Distrito Federal e o Acre tiveram as menores coberturas no ano passado, com apenas 15,8% e 15,4% das gestantes vacinadas respectivamente. Comparando com 2015, houve uma queda de 37 pontos percentuais no Distrito Federal, quando a cobertura era de 53%.
A região Sudeste também teve uma das maiores baixas, passando de 53,9% para 37,2% entre 2015 e 2017, com destaque para o estado de São Paulo, onde a cobertura vacinal contra a doença caiu 36 pontos percentuais nesses dois anos. Já na Região Nordeste, a cobertura caiu de 44,2% em 2015 para 40,2% em 2017. Os estados que tiveram maior cobertura vacinal ano passado foram Ceará (73%) e Rio de Janeiro (64%).
“A coqueluche é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano (traqueia e brônquios). A doença é mais perigosa em bebês menores de 2 meses de idade e é transmitida facilmente de pessoa para pessoa, principalmente através de gotículas produzidas por tosse, fala ou espirros”, informa Dra. Bárbara Furtado, gerente médica de vacinas da GSK no Brasil.
Mortalidade infantil
A coqueluche é uma importante causa de mortalidade infantil em todo o mundo e continua a ser uma preocupação de saúde pública, mesmo em países com alta cobertura vacinal. A maioria dos casos e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Os bebês até os seis meses de idade ainda não completaram o esquema primário de vacinação com DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), e por isso estão mais suscetíveis à infecção pela Bordetella pertussis.
Sintomas
Os primeiros sintomas podem durar de 1 a 2 semanas e, geralmente, incluem: coriza, febre baixa, tosse leve e ocasional e apneia (em bebês). Além disso, a coqueluche, em seus estágios iniciais, pode ser confundida com um resfriado comum. Geralmente ela não é diagnosticada até que os sintomas mais severos apareçam.
As complicações da coqueluche podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio. Mais de 90% das crianças menores de 2 meses que contraem a coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.
Prevenção
A principal medida de prevenção da coqueluche é a vacinação. O Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda para a gestante a administração de 1 dose de dTpa (Difteria, Tétano e Coqueluche Acelular) a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação. Além do PNI, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação de dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação.
Gestantes nunca vacinadas e/ou com o histórico vacinal desconhecido, devem fazer duas doses de dT e uma dose de dTpa. Deve-se apenas garantir que a dTpa seja feita após a 20ª semana de gestação, e que o intervalo entre as doses seja de pelo menos 1 mês.
Serviço
13 e 14/6 – 9h às 11h e 14h às 16h
Teatro Padre Bento
Rua Francisco Foot, 3 B – Jardim Tranquilidade