As bolsas da Europa fecharam com robustos ganhos nesta segunda-feira, em processo de recuperação após uma semana de fortes perdas. Sinais de que as negociações por um nova roda de estímulos fiscais podem ser retomadas nos Estados Unidos espalharam oportunidades de compra em Wall Street, em um otimismo que atravessou o Atlântico. Com isso, o Stoxx 600 encerrou em alta de 2,22%, a 363, 39 pontos. O subíndice bancário saltou 5,63%, na esteira de uma decisão favorável às câmaras de compensações em Londres.
No domingo, deputada Nancy Pelosi afirmou que o Partido Democrata está disposto a manter a proposta de legislação abaixo dos US$ 3,4 trilhões, em um aceno para republicanos, que criticam os esforços da oposição por um pacote volumoso. "Eu acredito que podemos chegar a um acordo", disse.
A declaração foi recebida com euforia nos mercados globais. Em Londres, o FTSE 100 avançou 1,46%, a 5.927,93. Por lá, o destaque ficou com as ações do setor financeiro, depois que a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários (ESMA, na sigla em inglês), equivalente à CVM, anunciou um acordo com o Banco da Inglaterra (BoE) para manter a utilização das câmaras de compensação inglesas mesmo até 2022, mesmo com o Brexit.
Por todo o continente, a informação sustentou os papéis de bancos, que vinha de um período negativo na esteira da revelação de um escândalo financeiro. Em Frankfurt, a ação do Deutsche Bank saltou 7,35%, o que impulsionou o índice DAX a um avanço de 3,22%, a 12.870,87 pontos. Em Paris, o CAC 40 se elevou 2,40%, a 4.843,27 pontos.
Nas demais praças, o FTSE MIB, de Milão, subiu 2,47%, a 19.160,10 pontos. Em Madri, o Ibex 35 se valorizou 2,46%, a 6.791,50 pontos, enquanto o PSI 20 ganhou 2,33%, a 4.088,54 pontos.