O Alzheimer é um dos vários tipos de demência que podem acometer a população, doenças que hoje totalizam mais de um milhão de casos no Brasil, sendo que a maior parte deles ainda está sem diagnóstico. Esse foi o cenário apresentado pela assistente social Regislaine Leôncio do Centro de Referência à Saúde do Idoso (Ceresi), durante o Encontro Temático “Conversando sobre a Doença de Alzheimer e outras Demências”, promovido pelo Ceresi na manhã desta quinta-feira (20), no Adamastor Centro.
Assim como o Alzheimer, as demais demências senis surgem com pequenas confusões, como, por exemplo, a de esquecer o caminho que fazia com frequência. Segundo explicou a médica geriatra do Ceresi, Thais Nunes, o quadro vai evoluindo lentamente e chega um momento em que as pessoas não conseguem mais acompanhar os fatos do dia a dia, algumas têm inversão do sono, ou seja, trocam o dia pela noite, e não conseguem mais andar, controlar as necessidades fisiológicas e até mesmo engolir os alimentos.
“No início dos sintomas, o paciente percebe que algo diferente está acontecendo com ele e isso pode gerar um quadro de ansiedade, irritabilidade e depressão. A evolução é lenta, por isso, é muito importante conversar sobre o assunto, porque quando você está preparado é mais fácil de aceitar”, destacou a médica. Ela explicou também que a doença acomete somente uma parcela dos idosos, não tem cura, mas os medicamentos utilizados podem retardar a progressão dos sintomas.
Da mesma forma, os exercícios de fisioterapia podem auxiliar no equilíbrio, além de propiciar grandes benefícios para os pacientes acamados, de acordo com a fisioterapeuta do Ceresi, Natalia Sperandio Cavaco. Durante o evento, ela também falou sobre os vários estágios do Alzheimer e deu orientações sobre os cuidados.
Outra boa notícia anunciada pelos profissionais do Ceresi durante o encontro: o Educador Físico, Gilberto Almeida e a nutricionista Flávia Gonçalves Ribeiro é que muitos casos de Alzheimer e de outras demências podem ser prevenidos com atividade física e alimentação saudável. Segundo eles, manter a mente e o corpo ativos, e ingerir alimentos que estimulam o cérebro podem ser o segredo para chegar bem à velhice.
“Atividade física e alimentação saudável são capazes de manter doenças controladas como a hipertensão, diabetes, colesterol, depressão e, consequentemente, o Alzheimer e outras demências. Esse encontro é um estímulo para a gente repensar como queremos chegar ao futuro”, alertaram. O evento ainda contou com exposição de artes produzidas pelos frequentadores do grupo de pintura e artesanato do Ceresi, apresentação de dança sênior e do coral da unidade.