Para acabar com o rodízio no abastecimento de água em Guarulhos, um problema que atravessa décadas, a Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo), assim que obtiver a concessão dos serviços hoje prestados pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), planeja uma série de obras no município, que envolvem investimentos de R$ 1,7 bilhão. O GuarulhosWeb teve acesso a um documento que detalha os planos da empresa.
O projeto para a concessão do Saae à Sabesp foi anunciado no último dia 21 de setembro após reunião entre o governador Márcio França e o prefeito de Guarulhos, Guti. Para administrar o Saae pelos próximos 40 anos, a empresa estadual realizará investimentos que chegarão a R$ 7 bilhões, incluindo os R$ 3,2 bilhões da dívida que o município tem com a Sabesp, que cresceu de R$ 200 milhões para R$ 3 bilhões durante os 16 anos de administração do PT em Guarulhos.
O planejamento da Sabesp para o abastecimento de água prevê três fases, até o final de 2019, quando acabará a falta de água em toda a cidade. A primeira prevê o fim do rodízio em 100 dias para todos os bairros da região central e dos Pimentas. No Centro, haverá a instalação de nova tubulação de 400 milímetros de diâmetro, o que garante maior vazão, além da expansão da rede em 1.500 metros, permitindo reforço no abastecimento. Estão previstos 8,6 milhões de litros de água a mais por dia, o que equivale a 864 caminhões-pipa. Nos Pimentas, para o rodízio acabar em pouco mais de três meses, as obras compreenderão a modernização da casa de bombas e a construção de uma nova adutora. Os bairros da região terão à disposição 4,3 milhões de litros a mais por dia, equivalente a 430 caminhões.
A segunda fase, prevista para seis meses, inclui o fim do rodízio nas regiões de Cumbica, Lavras, Cabuçu, Continental e Picanço, a partir da interligação do abastecimento nestas áreas. Serão 30 milhões de litros a mais de água por dia, quantidade suficiente para encher 12 piscinas olímpicas todos os dias. A região de Bonsucesso será beneficiada em um ano após a concessão à Sabesp. Nesta área, haverá a construção de um novo reservatório com a capacidade de 6 milhões de litros e uma nova casa de bombas no Aracília.
