Uma aeronave A330 saiu da pista após o pouso e acabou se acidentando, solicitando condição de emergência devido ao fogo em um dos motores. O cenário de acidente aéreo descrito, felizmente, é fictício e foi usado para a execução do 32° Exercício Simulado de Emergência Aeronáutica, na manhã desta sexta-feira, 30/11, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
“Quanto mais você treina mais se prepara para um evento real. E este é o objetivo. Nos preparamos para o pior e oramos para ao melhor. Hoje é o dia de errar para que estejamos preparados para o momento”, explicou Miguel Dau, diretor de Operações da GRU Airport.
Na simulação, 43 passageiros foram socorridos por recursos internos do aeroporto, como bombeiros, posto médico e voluntários de emergência e apoio do Centro de Operações de Emergência, que aciona os recursos externos do Plano de Emergência e conta com médicos e enfermeiros de hospitais das regiões próximas ao sítio aeroportuário, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil e órgãos de aviação. Dois helicópteros foram usados nos atendimentos.
O exercício durou uma hora. Os voluntários, que se passaram por vítimas, foram encaminhados para os pontos demarcados. A fumaça passou a dominar o local às 11h08 e, na sequência, o Corpo de Bombeiros foi acionado. Começava então as ações sequenciais e detalhadas que a todo momento eram monitoradas e corrigidas. Na triagem, voluntários e profissionais mantinham total atenção aos pacientes que são encaminhados para ambulâncias e helicópteros e transferidos aos hospitais da região. Às 12h07 o exercício foi finalizado.
Marcelo Reginaldo Ferreira, de 38 anos, agente de operação de segurança, contou que sempre teve vontade de participar do simulado. “Já tinha um desejo antigo de participar. Quando recebi a mensagem de que haveria, eu rapidamente acionei meu gestor pedindo para fazer parte. É algo difícil de explicar em palavras, apesar de ser um simulado. No momento você acaba tratando como se fosse uma situação real. Esperamos que nada aconteça dentro do nosso aeroporto, mas se vier a acontecer, a partir da data de hoje, estaremos mais preparados para atender”, contou.
Este é o segundo simulado deste ano, o primeiro de grande porte, e tem como objetivo avaliar a preparação das diferentes instituições envolvidas no atendimento a uma situação de acidente aéreo real, além de identificar possíveis gargalos a serem superados durante uma ocorrência verdadeira.