O dólar opera em baixa nesta sexta-feira, 29, alinhado à desvalorização generalizada no exterior, em meio à cautela que antecede uma entrevista coletiva do presidente americano Donald Trump sobre a China. Nos últimos dias, as tensões entre Washington e Pequim têm aumentado, principalmente após a China anunciar a imposição de uma lei de segurança nacional em Hong Kong. Trump está envolvido também em uma crescente polêmica com o Twitter.
Os negócios com câmbio são afetados ainda pela disputa técnica em torno da definição da última Ptax de maio e o PIB do Brasil do primeiro trimestre em linha com a mediana do mercado, de queda de 1,5% no período ante o 4º trimestre de 2019.
No Brasil, alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, a disseminação de fake news e a utilização dos chamados robôs nas redes sociais poderá resultar em multas ao Twitter, Facebook e ao Google. Um projeto que prevê responsabilizar as empresas, não só os usuários, deve ser votado na próxima Terça-feira pelo Senado. A medida tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas enfrenta resistência das empresas e entre aliados do presidente Jair Bolsonaro, foco das investigações da Corte Suprema.
Depois da demora do presidente para sancionar o projeto de socorro de R$ 60 bilhões a Estados e municípios, com vetos, dando tempo de governadores e do próprio governo federal elevarem salários de servidores públicos, policiais militares e da Polícia Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em "live" mais cedo que o veto presidencial a reajustes vai controlar aumento de salários de funcionalismo público. Para o ministro, essa era uma das principais fontes de descontrole de gastos.
Às 9h26 desta sexta, o dólar à vista caía 0,61%, a R$ 5,3511. O dólar futuro para julho, que concentra a liquidez a partir de hoje, recuava 1,14%, a R$ 5,3540.