O governador João Doria prometeu, em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira, 11/04, à Rádio Jovem Pan, trocar o ônibus por um monotrilho no serviço que integra a Estação Guarulhos-Aeroporto da Linha 13-Jade da CPTM ao aeroporto. Segundo ele, a obra será custeada pela GRU Airport, empresa que administra o terminal, e entregue à população até setembro de 2020.
“Aquele é um dos maiores absurdos do nosso país, é vergonhoso ter uma estação ligada a um aeroporto em que, no meio do caminho, você precisa pegar as malas e andar até um ônibus”, criticou o governador. “Nós vamos entregar até setembro de 2020 um monotrilho para levar as pessoas aos terminais 1, 2 e 3 do aeroporto de Guarulhos”.
Ao GuarulhosWeb, a GRU Airport confirmou apenas que negocia com o Governo do Estado de São Paulo e o Ministério dos Transportes uma solução para o transporte de conexão entre a estação da CPTM e os terminais do Aeroporto Internacional de São Paulo.
A entrevista de Doria acontece dias após sua gestão desmentir planos de extensão das linhas 2-Verde do Metrô e 13-Jade da CPTM, ambas em Guarulhos. As sugestões aparecem em documento interno da Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) que vazou para a imprensa. Em todas as divulgações desses planos a STM afirmou desconhecer o documento.
Perto do aeroporto
Entregue em 2018 pelo então governador Geraldo Alckmin, a estação da CPTM que vai até Cumbica possuía um projeto de monotrilho conhecido como “people mover” para levar os passageiros até a entrada do aeroporto. A ideia, no entanto, foi abandonada pela gestão e substituída por uma linha de ônibus gratuitos.
A medida foi alvo de críticas de usuários pela distância que precisa ser percorrida entre a estação da Linha 13-Jade e o aeroporto, com cerca de 1,7 quilômetro.
Na entrevista à Jovem Pan, Doria afirmou que fará o anúncio oficial das obras até o dia 5 de maio. A promessa é realizar o serviço em pouco mais de 12 meses. “Em setembro do ano que vem já estará tudo pronto”, prevê. “A empresa deduzirá o valor empregado da outorga que paga ao governo federal pela utilização do terminal, então o estado não terá custos”.