Cidades

Presa em Guarulhos, trans abraçada por Drauzio cumpre pena por estupro e homicídio de criança

O caso da transexual Susy Oliveira, que comoveu o Brasil no último dia 1º de março...

O caso da transexual Susy Oliveira, que comoveu o Brasil no último dia 1º de março em reportagem exibida no Fantástico, da Rede Globo, ganhou um novo e polêmico capítulo neste fim de semana. Desta vez, a detenta, que está no presídio Parada Neto, em Guarulhos, recebeu uma série de ataques, após a divulgação do crime pelo qual ela foi condenada a mais de 36 anos de prisão: estupro, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver cometidos contra uma criança de 9 anos, em 2010.

Suzy ficou famosa na reportagem realizada em um quadro do médico Drauzio Varella, que contava a história de mulheres trans que são condenadas e cumprem pena em presídios masculinos. O médico conta a história de algumas detentas e em determinado momento abraça Suzy, que não recebe visita de familiares há 8 anos.

Dentro do quadro são expostas informações gerais sobre o número de mulheres trans detidas em presídios brasileiros, além de um gráfico que mostra os principais casos cometidos por elas, entre eles os crimes de estupro. As histórias contadas na matéria são dos momentos vividos dentro do sistema prisional e não abordam os motivos das prisões, o que chamou atenção de internautas.

Neste domingo, 8/03, o nome que consta no registro de nascimento de Susy – Rafael Tadeu de Oliveira Santos – foi divulgado nas redes sociais. Uma simples busca pela internet leva até o processo do caso, que contém os detalhes do crime e a decisão do juiz. 

Susy é condenada por estuprar, matar por estrangulamento e esconder por dois dias o corpo de um menino de 9 anos. Ela teria informado a família da vítima que encontrou o corpo em um terreno em frente à sua residência. 

Segundo a família de Suzy, não é a primeira vez que um crime da mesma natureza era cometido por ela, que teria estuprado uma sobrinha de 3 anos.

Drauzio Varella se manifestou sobre o assunto. “Há mais de 30 anos frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na TV, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (1 /3), não perguntei nada a respeito dos delitos cometido pelas entrevistadas. Sou médico, não juíz” relatou em uma rede social.

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