No entanto, neste período, a administração municipal não fez nada para aumentar a captação de água no próprio município, nem investiu em novas fontes de abastecimento.
O mercado imobiliário cresceu de forma desordenada. Centenas de empreendimentos surgiram nos mais diferentes bairros sem que a Prefeitura exigisse qualquer contrapartida para colaborar no abastecimento de água. O deputado Carlos Roberto cita que conhece diversas iniciativas adotadas por condomínios e empresas, que visam o reaproveitamento de água para ser utilizada nas descargas, para regar plantas, lavar calçadas e pátios, entre outras aplicações. “Isso inexiste no poder público em Guarulhos”.
Carlos Roberto diz que a Prefeitura deveria dar o exemplo e promover o reuso de água em todos os prédios que utiliza, sejam próprios ou locados. “Deveria haver bom senso. A administração deveria dar o exemplo”. Existe uma fonte em frente ao Paço Municipal, no Bom Clima, a poucos metros da sede do Saae, que poderia ser direcionada ao reuso na Prefeitura. A única providência adotada foi a fixação de uma placa informando que aquela água é imprópria para o consumo.
O deputado lembra que os novos condomínios trouxeram milhares de moradores, consumidores em potencial, mas sem promover formas alternativas de abastecimento. “Aí é óbvio que a conta não iria fechar. Mais gente consumindo sem aumento da oferta. Basta somar um mais um”.