“A má gestão administrativa da empresa de economia mista, há 13 anos nas mãos do PT, utilizada apenas para acomodar a companheirada, não se valeu de atitudes técnicas que pudessem diminuir a dependência da cidade da água fornecida pela Sabesp”, diz.
Às vésperas do Dia Mundial da Água (22 de março), Carlos Roberto lamenta que este ano não há nada a ser comemorado. Ele cita que o PT foi infeliz ao acusar o Governo do Estado pela atual crise no abastecimento, esquecendo-se que toda a Região Sudeste do país sofre com um período de seca atípico para esta época do ano. “A Sabesp apenas vende a água para Guarulhos. Se o Saae acha que não está bom, deveria nestes 13 anos ter procurado outras alternativas. Mas não fez nada para mudar o quadro”.
O deputado federal cita que o próprio prefeito Sebastião Almeida, quando assumiu a Superintendência do Saae em 2001, no início da administração de Elói Pietá na Prefeitura, considerava uma vergonha a dependência da cidade da água da Sabesp. “Ele falou que se sentia envergonhado por Guarulhos precisar comprar água. Passaram 13 anos, um tempo mais do que suficiente para eles fazerem algo de bom. Mas não. Preferem apenas jogar pedras”.
Carlos Roberto lembra que, antes do PT assumir o governo municipal, as administrações anteriores vinham buscando algumas alternativas, como a perfuração de poços profundos para minimizar o problema em locais específicos. “Por mais que os poços não resolvam a questão de forma mais abrangente, poderiam ser utilizados com maior frequência para levar água a áreas onde a rede não consegue chegar. Mas eles enterraram isso também”, afirma.
O deputado ainda cita que Guarulhos conta com pelo menos duas bacias que não são utilizadas e que poderiam juntas fornecer cerca de 100 litros por segundo à rede de abastecimento. “As bacias Ribeirão das Lavras, no Capelinha, e Ururuquara, na Vila União, seriam boas opções. Mas apesar de já ter realizado estudos para viabilizar a captação, nada foi feito pelo Saae”.