Por mais que muita gente se faça de rogada e tente imaginar que a corrida pela Prefeitura de Guarulhos em 2012 está longe ainda, é óbvio que a disputa já começou – e faz algum tempo. Entretanto, por enquanto, apenas dois candidatos estão praticamente certos na próxima eleição. O prefeito Sebastião Almeida (PT) em busca de reeleição deverá ter, por enquanto, como principal adversário o deputado federal Carlos Roberto (PSDB), repetindo o segundo turno de 2008. Os outros sete que entraram na fase inicial estão longe de buscarem o mesmo espaço. Diferente disso, quase todos já são considerados cartas fora do baralho.
Era de se esperar, entretanto, que nesses quatro anos que separam 2008 de 2012 novas lideranças pudessem surgir em Guarulhos, fato que até o momento não ocorreu. E, muito provavelmente, salvo algum coelho que saia duma cartola escondida, dificilmente ocorrerá alguma mudança nesse quadro. Ou seja, a disputa que tem tomado conta das eleições presidenciais e estaduais nos últimos pleitos deve voltar a se repetir em Guarulhos: PT versus PSDB.
O PV de Jovino Cândido, que poderia figurar como uma alternativa se fosse levada em consideração a grande performance de Marina Silva nas eleições presidenciais do ano passado, segue esfacelado na cidade. Os três vereadores do partido vivem ainda sob o processo de expulsão comandado pelo ex-prefeito. Já Jorge Tadeu, que disputou a Prefeitura pelo DEM, demonstra não ter mais interesse pelo cargo. Como presidente estadual da legenda, administra a aproximação do partido ao PSDB e ainda a debandada de correligionários para o PSD de Gilberto Kassab, algo que também ocorre em Guarulhos.
O PPS, que teve o atual secretário municipal de Habitação, Orlando Fantazini na última disputa, até sinaliza com o vereador Ricardo Rui. Mas ele tem mais condições de fortalecer uma chapa de vereadores.
O PTB garante que terá um candidato. Mas se cerca de nomes bastante fracos na política local, como os vereadores Wagner Freitas – em processo de expulsão do PR – e o quase não mais tucano Eduardo Kamei (em rota de colisão direta com o partido), que ainda não se encontrou no cenário político local, já que suas atitudes na Câmara o deixam mais perto de Almeida do que da oposição propriamente dita. Ou seja. Pelo que se pinta, 2012 caminha para grande primeiro turno, que pode ser caracterizado por aqueles a favor do prefeito e os que são contra.