Os juros futuros mostram viés de baixa nesta quarta-feira, 21, após terem computado um viés de alta nos primeiros negócios em meio a ajustes de posições. Em manhã de agenda econômica fraca lá fora e aqui, os investidores em âmbito global operam em compasso de espera pelas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), às 15 horas (de Brasília), e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (18 horas). O dólar fraco ante o real e no exterior ajuda a trazer pressão negativa às taxas.
A expectativa para o Fed é de aumento de 0,25 ponto porcentual dos Fed Funds, para a faixa de 1,50% e 1,75%, além de uma sinalização sobre se poderá haver mais três ao quatro altas ao longo do ano. Depois da decisão, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, concede sua primeira coletiva de imprensa, às 15h30.
Já o Comitê de política Monetária (Copom) do BC deve cortar a Selic em 0,25 pp, para 6,50%, e espera-se que o comunicado traga uma sinalização sobre se o ciclo de afrouxamento monetário acaba após o corte de hoje ou se o BC deixará a janela abertura para uma redução adicional em maio.
Além disso, investidores vão monitorar o impasse sobre colocar em discussão a prisão após condenação em segunda instância no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro do STF Marco Aurélio Mello admitiu que poderá ser apresentada nesta quarta uma questão de ordem no plenário da corte para que a presidente Cármen Lúcia defina uma data para julgamento final das ações em que o tribunal firmou jurisprudência permitindo prisão após condenação em segunda instância. Também no radar está a possibilidade de votação do projeto de reoneração da folha de pagamento, que acabou não sendo votado na terça na Câmara por falta de acordo.
Às 9h54, o contrato de DI para janeiro de 2021, o mais negociado, indicava 8,28%, ante máxima em 8,33% mais cedo, de 8,30% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2023 estava em 9,13%, ante máxima na sessão em 9,20%, ante 9,16% no ajuste da véspera.
No câmbio, o dólar à vista caía 0,24%, aos R$ 3,3003. O dólar para abril recuava 0,36%, aos R$ 3,3020.
Sem impacto nos negócios por enquanto, foi divulgado mais cedo que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de março da Fundação Getulio Vargas (FGV) teve um avanço de 1,7 ponto em relação ao resultado fechado de fevereiro, para 102,1 pontos. Se confirmado, o resultado será o patamar mais elevado da confiança desde junho de 2013, quando estava em 104,9 pontos.
Além disso, a FGV informou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,3% em janeiro de 2018 em relação a dezembro de 2017. No trimestre móvel encerrado em janeiro, o Monitor do PIB da FGV registrou crescimento de 0,9% ante o trimestre móvel terminado em outubro de 2017.