A educação e a qualificação profissional são irmãs gêmeas. E ambas, para mim, devem ser tratadas com o máximo de seriedade pela Nação porque elas definem, na prática, a qualidade do desenvolvimento de um País e a produtividade de uma economia.
Digo mais: educação e qualificação não podem ser apenas programas de governo. Elas têm de ser políticas de Estado, sendo tratadas com a devida prioridade e sem economia de recursos.
O Brasil, que já avançou em tantos setores, infelizmente ainda está atrasado nas duas questões. Por isso, ainda não somos de verdade um país de primeiro mundo. Eu não tenho dúvida: se quisermos fazer parte do pequeno grupo de países mais ricos e influentes, precisamos cuidar, já, de romper o atraso nesses dois temas.
Por isso, saúdo como muito positiva a iniciativa da presidente Dilma Rousseff de lançar o Pronatec, que é um programa nacional de formação nas escolas técnicas. O governo anuncia que deve destinar R$ 300 milhões para o financiamento de cursos de formação pelos próprios alunos. E mais: que irá inaugurar 200 escolas técnicas até 2014.
E nós? – Penso que o lançamento de um programa dessa natureza lança um desafio para nós, que atuamos, vivemos e trabalhamos
Lembro que, agora, Guarulhos, além dos deputados federais Paulinho da Força (PDT) e Janete Pietá (PT), conta com mais um parlamentar em Brasília, o deputado Carlos Roberto (PSDB).
A sociedade precisa falar com esses parlamentares e, porque não, com o Prefeito da cidade, para cobrar, democraticamente, recursos para a educação e a formação profissional.
Exemplo – Eu, como poucos, posso falar sobre educação e formação profissional. Fui alfabetizado já adulto no Mobral e fiz curso de formação profissional no Senai. A alfabetização e depois a formação profissional foram absolutamente fundamentais na minha vida. Sem esses dois apoios, certamente, eu não seria o que sou hoje.
José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região