Estadão

A gente tem jogador que sabe fazer gol, mas não está acontecendo, diz Diniz

Um time que cria boas jogadas, consegue ter a posse de bola e leva perigo ao gol adversário. Esse seria o sonho de qualquer técnico não fosse um detalhe que falta para fechar a equação: gols. É a dificuldade recente que vive o Santos de Fernando Diniz.

Depois da derrota por 2 a 0 para o América-MG neste sábado, o técnico da equipe do litoral paulista não conseguiu nem expressar em palavras o porquê de seus jogadores não conseguirem balançar as redes diante de tantas oportunidades.

Foi assim no empate contra o Sport, na oitava rodada, e contra o América-MG, na nona rodada do Brasileirão. Uma equipe com grande capacidade criativa, mas com pouca efetividade, segundo o próprio treinador.

"Por que a bola não entra é um mistério. É difícil saber isso, se a gente tivesse tido 1/3 da efetividade ontem teríamos ganhado a partida com facilidade", disse Fernando Diniz, em coletiva, após sair de campo sem conquistar pontos. Até então, o Santos não perdia havia quatro partidas.

"Em determinado momento a bola não entra, tivemos muitas chances. Não é questão de treino técnico, a gente tem jogador que sabe fazer gol, mas não está acontecendo. Nós temos os elementos, mas é muito difícil saber com precisão por que não a bola não entra", afirmou Diniz, aparentemente confuso pelo bom desempenho da equipe, na sua visão, mas desapontado pelo resultado e pela falta de pontaria.

Para o trabalho que segue na Vila Belmiro, o técnico, apesar de nos dois últimos jogos perceber a falha na efetividade nos lances decisivos, está confiante com a continuidade dos seus comandos.

"Tem sempre muita coisa para implementar. Tem que melhorar saída, marcação, finalização e várias outras coisas. A equipe fez uma partida muito boa (contra o América-MG). As ideias estão sendo colocados em prática. A tendência do time é ir melhorando em todos os aspectos", disse Diniz.

Sobre a composição do elenco, o treinador do Santos afirmou, com veemência, ser contra a saída de Luan Peres. Há proposta na mesa para o zagueiro ir para o Olympique de Marselha, da França, mas a negociação ainda não foi concretizada.

"Eu fui totalmente contra a saída do Luan. A gente teve um time que lutou até a ultima rodada pra não cair no Paulista. Era claro que precisava reforçar. Não sou do tipo de treinador que chega e pede um monte de jogador milionário. Sempre fui o oposto disso. Se for concretizada ou não, só quero deixar claro que sou totalmente contra", concluiu o treinador.

O próximo confronto do Santos no Brasileirão será na próxima terça-feira contra o Athletico Paranaense, às 19h30, na Vila Belmiro. A equipe tem 12 pontos e está na sétima colocação do torneio nacional.

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