O governo do Japão declarou estado de emergência de um mês na capital Tóquio e em três cidades vizinhas, nesta quinta-feira, para conter a disseminação de infecções pelo novo coronavírus, uma vez que o número de casos em menos de 24 horas atingiu o recorde de mais de 7 mil infecções.
As autoridades anunciaram que o período de restrição deve ser de 8 de janeiro a 7 de fevereiro nas prefeituras de Tóquio, Saitama, Kanagawa e Chiba, cobrindo cerca de 30% da população do país. No entanto, mais cidades japonesas consideram pedir ao governo a implementação do estado de emergência.
Faltando pouco mais de seis meses para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados no ano passado por causa da pandemia da covid-19, o estado de emergência corre o risco de esfriar ainda mais o ânimo da população japonesa, em sua maioria a favor de um novo adiamento, ou mesmo cancelamento, do evento esportivo, programado para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto.
"Declaramos o estado de emergência porque se teme que a rápida disseminação do novo coronavírus por todo país terá um impacto significativo na vida de seus habitantes e na economia", disse Yoshihide Suga, primeiro ministro japonês, durante uma reunião com especialistas.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) está trabalhando para priorizar os atletas a receberem a vacina para que o evento possa ser realizado com segurança. O aumento do número de casos no Japão e o surgimento de novas variantes do novo coronavírus levam a um desejo crescente de vacinar os esportistas nas próximas semanas e meses.
Após o anúncio do estado de emergência, o governo metropolitano de Tóquio divulgou que as próximas exibições da tocha olímpica na capital japonesa foram adiadas "para reduzir o fluxo de pessoas e a disseminação da covid-19". A tocha estava em exibição em alguns municípios no final de 2020 e as exibições deveriam recomeçar nesta quarta-feira, mas as autoridades optaram por adiar tudo até o fim deste mês.
O Japão registra até o momento mais de 266 mil casos confirmados e 3,6 mil mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins. O país registrou 61 mortes e um recorde diário de 5.950 infectados nesta quarta-feira.