Se todos os bancos usarem as novas prerrogativas liberadas pelo Banco Central nesta quinta-feira, 28, o sistema de financiamento imobiliário deve receber um acréscimo de R$ 22,5 bilhões a partir de 1 de junho, de acordo com o diretor de política monetária do BC, Aldo Mendes. Ele garantiu, porém, que essa injeção de recursos extras não vai implicar em aumento de liquidez. “Temos de manter a coerência com política monetária praticada neste momento”, disse.
Por conta disso, esses recursos serão retomados pelo BC por um terceiro compulsório, segundo o diretor. Esse terceiro compulsório é sobre depósitos a prazo, cuja taxa vai subir de 20% para 25%. Essa elevação, no entanto, se dará apenas em 90 dias, a partir de 31 de agosto. “Esse é o tempo médio que as instituições vão usar para desembolsar esses recursos”, explicou. Isso porque, de acordo com ele, se entrasse em vigor ao mesmo tempo que as demais medidas poderia haver contração da base, da liquidez.
“Puxando de volta R$ 25 bilhões (R$ 2,5 bilhões de rural e R$ 22,5 bilhões de imobiliário), essa diferença vai na exigibilidade”, explicou Aldo. Segundo ele, os bancos não poderão passar para outras instituições suas obrigações por meio de contratos intrabancários.