Vindo dos cinemas e da publicidade, Andrucha Waddington festeja o atual momento da televisão. Seu filme Sob Pressão foi adaptado para a TV. Foi um acerto e, agora em outubro, estreia a segunda temporada de Sob Pressão, a série – e, no fim de agosto, Waddington começa a gravar o terceiro ano da série, já confirmado pela emissora. “Nunca fui tão assistido quanto agora”, explica o diretor ao jornal O Estado de S. Paulo. Veja mais da conversa a seguir:
Vivemos uma revolução do conteúdo para a TV?
Foi algo que começou nos Estados Unidos, na greve dos roteiristas (em 2007). E as TVs passaram a ser alternativas para esses profissionais do cinema.
Existia uma diferenciação, dentro do mercado, dos profissionais de TV e os profissionais de cinema? Isso mudou?
As coisas estão diferentes. Eram como se fossem duas frentes diferentes. Hoje, estrelas de Hollywood vão para séries de TV. Existe um intercâmbio, não é mais algo separado. E, com isso, a qualidade artística da TV melhorou.
Mas como as mudanças no mercado norte-americano atingiram o Brasil?
O mercado nacional precisou reagir à concorrência externa. Porque agora é possível assistir às séries produzidas lá fora. Dubladas, inclusive. Agora existe uma concorrência direta a partir do valor artístico daquelas obras. Não estou falando da dramaturgia diária, a novela, porque ela é uma outra linguagem, é claro.
E como tem sido a experiência de levar o Sem Pressão para o formato de TV?
Encaro essa série como um filme de 10 horas, com dez intervalos, entende? Preciso ter ganchos entre os episódios para fazer com que o público volte para assistir ao próximo episódio. Não achava que fosse gostar tanto de fazer. Nunca fui tão assistido!
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.