Cidades

A quem interessa

Desde que o prefeito Guti (PSB) anunciou no início do mês a parceria com o Instituto Gerir para assumir a gestão do HMU (Hospital Municipal de Urgências), o HMCA (Hospital Municipal da Criança e do Adolescente) e a Policlínica Paraventi, como forma de melhorar – de forma rápida – o atendimento médico em Guarulhos, tanto o governo municipal como os novos gestores passaram a ser atacados sistematicamente. Sem pensar na melhoria no atendimento médico à população, alguns setores – inflados por certos deformadores de opinião – tentam passar a impressão que a instituição de Goiás não teria qualificação para assumir a missão. 
 
Referência 
A maior referência do Gerir para Guarulhos se chama HUGO (Hospital de Urgências de Goiânia) que, assim como nosso HMU era um poço de problemas. No entanto, após o instituto assumir a gestão do empreendimento hospitalar, as coisas por lá mudaram muito e para melhor. Tanto que se tornou referência em atendimento médico e atendimento público. Sem dar tempo para que o novo concessionário dos serviços de saúde mostre resultados, tenta-se passar à população, a maior interessada em um atendimento de qualidade, que a administração vai gastar mais, o que não é verdade, e que a situação tende a piorar. 
 
Deu no Fantástico
Neste domingo, o Fantástico, da TV Globo, apresentou uma entrevista com Mateus Ferreira, estudante agredido em 28 de abril, durante um protesto, por um PM de Goiânia com um golpe de cassetete na testa, em um caso de repercussão nacional. “No dia que eu cheguei ao hospital, a percepção dos médicos e das pessoas era realmente de uma gravidade muito alta”, disse. Ele ficou 18 dias internados, 11 deles na UTI, do HUGO, o Hospital de Urgências administrado pelo mesmo Gerir que agora está em Guarulhos. Não fosse a presteza e cuidado da equipe daquela instituição médica, a sorte de Mateus talvez fosse outra. 
 
História real 
Segundo o Fantástico mostrou, o estudante passou por duas cirurgias no hospital do Gerir. Na primeira, os médicos retiraram pedaços do osso quebrado. A segunda cirurgia só aconteceu depois que ele apresentou melhora e foi para reconstruir a parte afetada pela pancada na testa. Imagens das tomografias tiradas antes e depois do implante mostram o osso da testa de Mateus quebrado em pequenos pedaços. O cérebro dele continuou protegido pelas camadas internas, que nenhuma lesão no cérebro foi detectada. A testa foi reconstruída com pinos e cimento ortopédico.
 
Memória recente
Essas informações são importantes em um momento que até o Conselho Municipal de Saúde pode estar sendo utilizado por críticos da atual gestão, sem levar em consideração os avanços que a parceria pode trazer para Guarulhos. Não é novidade para ninguém que o HMU estava em estado terminal e que o modelo adotado até aqui, com a gestão nas mãos da Secretaria Municipal de Saúde, não deu certo. Menos de dois anos atrás, sob o comando de Carlos Derman (PT), o vice do ex-prefeito Sebastião Almeida (na época PT, hoje PDT), o hospital chegou a ficar interditado depois que foi constatada infecção por uma bactéria. 
 
Saúde é o que importa?
Diante da dura realidade vivida pela saúde pública em Guarulhos, completamente deteriorada por 16 anos de gestões do PT, fica uma questão interessante. Por que será que alguns setores gritam tanto contra um projeto que tem tudo para dar certo, com soluções em curto prazo de tempo? Como já citado nesta coluna outras vezes: será que esses grupos, alguns bastante corporativistas, não se importam mesmo com a saúde da população? É o que parece.  
 

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