Entrevista com Paulo Rocco, editor
Como você conseguiu os direitos de publicação de Harry Potter para o Brasil?
O livro foi oferecido por um agente literário que sempre nos deu ótimas dicas. Ele me ligou e falou do Potter, dizendo que era um lançamento recente e que já fazia muito sucesso na Inglaterra. Pedi um exemplar que foi avaliado pela Vivian Wyler (gerente editorial). Ela aprovou. Voltei a ligar para o agente, que me fez uma oferta. Negociamos e acabei fechando negócio pelos dois primeiros volumes. Quando estávamos no processo de edição, o livro estourou nos Estados Unidos e, em seguida, tornou-se um fenômeno mundial. Aí, foi preciso correr com a nossa edição.
É verdade que outras editoras nacionais recusaram o livro antes?
Até onde sei, sim (na verdade, o livro foi recusado por, pelo menos, três editoras: Companhia das Letras, Objetiva e Record).
Produtos Harry Potter parecem não ter fim, certo?
Harry Potter veio para ficar. O público se renova a cada ano e sempre teremos novos leitores. E a J. K. Rowling sabe disso, especialmente o gosto particular de cada nova geração.
Você sabe se a peça será montada no Brasil?
Por ora, não haverá nenhuma montagem estrangeira. E o primeiro lugar deverá ser a Broadway.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.