Eu acredito que não exista diferença entre o céu e o inferno. Ao menos é o que prega a história que é-nos contada em palestras espiritualistas, que apregoam que, depois de cumprida a missão na Terra, todos nós perderemos a articulação dos braços. Seremos como autômatos, sem a dobra na altura dos cotovelos.
O que muda o destino de cada um, depois da vida física, é a postura mental. No inferno, os habitantes tentam alimentar-se jogando em vão a comida para cima; só não morrem de fome porque já morreram. A população do Céu, por outro lado, não sofre nada, pois um estica o braço e leva o alimento à boca alheia. Simples, assim.
Fica claro que somente os altruístas e solidários conquistam o Céu, que aliás começa aqui mesmo – neste plano. Aquilo que nos acontece não é tão importante quanto a maneira como reagimos a tal fato. Nós precisamos nos auxiliar mutuamente, fazendo ao outro o que nos seria prazeroso recebermos.
Na vida real, o melhor exemplo do que nós estamos tratando aqui é a doação de sangue. Essa é a forma mais econômica de ajudarmos alguém que precisa (muito) de nós. Não é a única, mas é altamente eficaz. Qualquer jovem entre 16 e 65 anos pode ser candidato a esquecer-se momentaneamente de si mesmo, e oferecer sua energia vital (sangue) a quem dela precisa.
Na quinta-feira passada, dia 11, eu e minha mulher fomos doar sangue no Hemocentro São Lucas, unidade Guarulhos (r. Santo Antonio, 95 – Centro). Malu e os demais colaboradores nos trataram com muita atenção; todos são dedicados no seu mister. O horário durante a semana é das 08h às 16h; aos sábados, o expediente termina ao meio-dia.
Eu irei um pouco além: proponho a você tornar-se um doador habitual de sangue. Programe-se para visitar o hemocentro mais próximo de sua casa a cada quatro meses. O mundo será bem mais solidário a partir de seu gesto de amor altruístico.
José Augusto Pinheiro é radialista e jornalista em Guarulhos