Um dos maiores nomes do esporte olímpico na atualidade, a americana Simone Biles garantiu que vai disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. Aos 23 anos, a ginasta tinha como plano se aposentar logo após a Olimpíada neste ano, mas o adiamento do evento, anunciado em março passado por causa da pandemia do novo coronavírus, a fez rever o planejamento. E agora, a exatamente um ano do início, garante estar preparada.
"Só podemos controlar o que fazemos, que é o treinamento. É colocar horas de treino e apenas ver o que acontece porque não sabemos o que vai acontecer. É meio difícil porque tem sido uma longa jornada desde que sou ginasta de elite, mas estou pronto para mais uma temporada", disse a ginasta, em entrevista ao jornal americano USA Today.
Logo em sua primeira participação em uma edição dos Jogos Olímpicos, em 2016, a norte-americana conquistou quatro ouros e um bronze nas provas de ginástica artística. Maior campeã mundial da história, ela tem uma chance pequena de também se tornar a maior campeã olímpica da história da modalidade. Para superar a soviética Larysa Latynina (nove ouros, cinco pratas e quatro bronzes), tem de vencer todas as seis provas que disputará em Tóquio.
Para chegar bem em Tóquio, Biles sabe que terá dificuldades, como as enfrentadas neste ano com os adiamentos e suspensões de competições por conta do surto global da covid-19. Primeiro ela diz que ficou frustrada por ter de adiar a aposentadoria depois de dois anos de treinos intensos e triste por ver tantas pessoas impactadas pela pandemia. Depois, se apegou ao lado positivo da situação por poder passar mais tempo ao lado da família.
"Pensei que ficaria entediada e iria querer viajar, mas agora estou bem. Com tudo o que está acontecendo agora, o lugar mais seguro para mim é na minha casa", disse a campeã olímpica, que mora no Estado do Texas, atualmente um estado americano com um grande número de casos de pessoas infectadas.
Desde maio Biles tem treinado em seu ginásio particular, o World Champions Centre, na cidade de Spring. Ela comentou que está se adaptando à nova realidade dos esportes e disse que até topa participar de torneios virtuais caso isso seja necessário no caminho para os Jogos de Tóquio-2020, desde que a Olimpíada não seja cancelada.
"Enquanto a Olimpíada continuar, neste momento eu não me importo como eles vão fazer. Se tivermos que fazer torneios por zoom em nossos ginásios domésticas, não me importo", revelou a ginasta.