Estadão

A unidade em torno de Lula é muito importante para o País, afirma Gleisi

Em referência a construção da aliança de esquerda e centro esquerda em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, declarou que essa unidade "é muito importante para o nosso País, para o presente e para o futuro próximo". "Não podemos deixar que esse País continue resgatado pelo ódio, pela arma, pela ignorância, contra o povo brasileiro", disse.

"Saúdo com grande alegria a construção dessa frente que vai resgatar o nosso País para as mãos do povo, para a classe trabalhadora e para todos que acreditam que esse País é soberano e livre", afirmou Gleisi nesta terça-feira durante evento que oficializou o apoio do Solidariedade à candidatura de Lula ao Planalto.

No mesmo evento, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), coordenador do programa de Lula à Presidência, afirmou que o dia é simbólico e que o movimento "representa o que o Brasil quer". "O que estamos diante deste 2020 não é uma eleição, é o destino de uma geração", enfatizou.

Em críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador reforçou que não "não vamos debater o delinquente do Daniel Silveira, não vamos nessa eleição debater sobre crise no Supremo Tribunal Federal. Nós queremos nessa eleição falar com os brasileiros que estão passando fome", disse. A estratégia de comunicação de Lula é exatamente focar na carestia e evitar repercutir polêmicas criadas pelo atual chefe do Executivo.

Em aceno aos religiosos que compõem a base do presidente Jair Bolsonaro, Randolfe verbalizou que "não tem chapa mais cristã do que essa", em referência à chapa formada por Lula e pelo pré-candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB).

Nos bastidores, aos jornalistas, o senador enfatizou que o encontro representa a "necessidade de frente ampla, de chamar todos". "Quem tem compromisso com a democracia tem que estar nesse palanque", afirmou.

O evento reuniu lideranças políticas para além da esquerda e centro esquerda. O senador Omar Aziz (PSD-AM) e o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM), filiados à legenda presidida por Gilberto Kassab, estiveram presentes no evento. O PSD deve liberar os Estados para apoiar quem quiser na disputa presidencial. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi convidado, mas não compareceu. Randolfe disse que ele seria "uma das grandes estrelas se estivesse aqui".

<b>Aliança</b>

Nos bastidores com jornalistas, Gleisi Hoffmann comemorou a aliança formada por sete partidos, incluindo o PT, em torno do nome de Lula. PSB, PCdoB, PV, Solidariedade, Rede e PSOL já decidiram estar com o ex-presidente nestas eleições. De acordo com a dirigente, a partir de agora a sigla buscará apoio de outras legendas.

Lula tenta atrair PSD, MDB e Avante para a corrida presidencial. Entretanto, o PSD, presidido por Gilberto Kassab, deve liberar os Estados para apoiar quem quiser na disputa. O Avante lançou a pré-candidatura do deputado federal André Janones, que diz ser "irreversível". Já o MDB lançou a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata ao Planalto, mas a legenda enfrenta uma dissidência interna e caciques, especialmente do Nordeste, defendem apoio ao petista.

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