Um time nas cordas e com um treinador já sem tanto envolvimento com o elenco. Foi essa a impressão passada pelo técnico Jorge Sampaoli após a derrota de 1 a 0 para o São Paulo pelo primeiro jogo da final da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã. No entanto, ao ser questionado se o Flamengo ainda crê na conquista do título no Morumbi, o treinador tentou passar uma ponta de esperança para o torcedor. "Nós vamos ser campeões. Tenho esse pensamento. Não só eu como o corpo técnico. Eu tenho certeza disso".
Apesar da frase de efeito, o abatimento acompanhou o técnico argentino durante toda a coletiva. Sampaoli creditou a derrota ao primeiro tempo muito abaixo do esperado e admitiu que o Flamengo ainda não conseguiu apresentar o futebol que ele espera.
"O São Paulo propôs o jogo no primeiro tempo e nós fomos muito imprecisos no último terço do campo. No segundo tempo eles se plantaram no campo e conseguimos chegar ao ataque, mas faltou a convicção de matar o rival", afirmou o treinador.
Bombardeado por perguntas, principalmente pela opção em escalar Gabigol, Pedro e Bruno Henrique no ataque desde o início, Sampaoli falou sobre a falta de disposição da equipe carioca.
"É um sofrimento para mim também. Estamos muito longe de montar em campo o time que eu pretendo. Até agora as apresentações que eu espero no Flamengo ainda não aconteceram".
Sampaoli eximiu o goleiro Matheus Cunha de culpa no lance do gol de Calleri e afirmou que o jogador conta com a sua confiança por tudo que vem fazendo sob o seu comando desde que assumiu o cargo de treinador no Flamengo.
"Não vou culpar ninguém. O Matheus Cunha tem um aproveitamento muito bom. Ele apresentou um crescimento muito grande, fez ótimas partidas e não vou jogar a culpa da derrota nele", comentou Sampaoli descartando a possibilidade de utilizar o argentino Rossi para a partida de volta da decisão da Copa do Brasil.