As vendas de veículos importados atingiram 7.063 unidades em novembro, baixa de 13,9% ante o mesmo mês de 2013, quando foram comercializadas 8.833 unidades. Em relação ao mês de outubro de 2014, as vendas no mês passado recuaram 7,8%, já que foram vendidos 8.247 veículos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 05, pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).
A venda acumulada em 11 meses deste ano pelas associadas à Abeifa foi de 86.648 veículos importados, baixa de 15,6% sobre o total de 102.719 veículos comercializados no País entre janeiro e novembro de 2013. Com isso, as vendas de 2014 devem voltar aos níveis de 2012, quando foram comercializadas 93.342 unidades pelas associadas à Abeifa. Em 2013, as vendas se recuperaram e 111.235 veículos importados foram comercializados, longe, no entanto, do recorde de 249.689 de 2011.
Em nota, o presidente da entidade, Marcel Visconde, informou que o resultado positivo para o segundo semestre deste ano não foi realizado e que 2014 será um ano de resultados negativos para o setor. “Há necessidade de ações concretas e mais efetivas por parte do governo para 2015. É necessário recuperar a confiança dos distintos agentes econômicos, como investidores estrangeiros, indústrias, setor de serviços e consumidores”, informou Visconde.
Ele lembra que associadas da Abeifa ou já produzem no Brasil, como a Chery, ou constroem fábricas no País – a exemplo da JAC, Land Rover e BMW – e utilizam componentes importados impactados pela oscilação cambial. “Temos reiterado que o importante é a fixação de um patamar da moeda e não a constante volatilidade. Os investimentos são feitos para o médio e longo prazos e neste momento sentimos muita falta de confiança no futuro e na recuperação do crescimento econômico do País”, destacou.
Visconde informou ainda que a entidade acredita “que a presidente Dilma e a sua nova equipe econômica têm uma grande oportunidade de sinalizar ao mercado o comprometimento com a governança necessária para acalmar a tensão e recuperar a credibilidade dos investidores e dos consumidores”, finalizou.