Estadão

Abel Ferreira e jogadores do Palmeiras defendem Breno Lopes após comemoração de gol polêmica

A polêmica comemoração de Breno Lopes no gol que deu a vitória para o Palmeiras sobre o Goiás no último minuto do duelo pelo Campeonato Brasileiro segue dando o que falar. O atacante, criticado pela torcida, marcou aos 51 do segundo tempo do duelo da última sexta-feira, 15, e foi em direção aos adeptos no Allianz Parque com a mão no ouvido e ensaiando gestos obscenos. A atitude repercutiu muito nas redes, mas também dentro do elenco alviverde, com o técnico Abel Ferreira e companheiros do jogador saindo em sua defesa.

Para o português, que já teve problemas com as autoridades do futebol brasileiro por emoções exacerbadas, esses sentimentos fazem parte do esporte. Em coletiva de imprensa após a partida, relembrou que ele mesmo já precisou "controlar" suas reações e que o mais importante é que sua equipe conte com o aval da torcida. Junto a isso, ressaltou seu apreço por Breno Lopes e que o atleta tem o nome marcado no Palmeiras pelo gol na final da Libertadores de 2020.

"Já fui expulso algumas vezes por não controlar minhas emoções, se bem que acho que agora estou melhor nesse aspecto. Elas fazem parte do futebol", disse Abel na entrevista. "O mais importante é o apoio dos nossos torcedores. Ele fez o gol da vitória, era isso que precisávamos. Não é um jogador que tem atuado tanto quanto queria, mas tem seu nome na história do clube. Eu confio, gosto e tem gol", complementou o português.

Companheiros de elenco também saíram em defesa de Breno Lopes. Raphael Veiga, ídolo alviverde, disse que também já ficou bravo em campo e que, nem sempre, é fácil controlar as atitudes no calor do momento. "Eu já tive emoções assim. Fiquei bravo, briguei com juiz; quando errei pênalti, fiquei com vontade de chutar a trave… mas depois que ficamos calmos, vemos que as coisas não são bem assim", comentou o meio-campista. "No futebol, em frações de segundos, temos emoções que não controlamos".

Weverton, por sua vez, viu a comemoração efusiva do atacante como um "desabafo", e não um ataque aos torcedores presentes no Allianz por vaias ou críticas. "Não só Breno, mas todos os jogadores têm muito respeito pela torcida. A gente tem parceria incrível. Breno comemorou, desabafou, mas não se pode jamais falar de desrespeito", disse o goleiro.

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