A abertura da Campanha dos “16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as Mulheres”, realizada nesta sexta-feira, dia 24, pela Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, vinculada a Secretaria de Assuntos Difusos, lotou as dependências do auditório da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), com a participação do prefeito Guti. Na oportunidade, foi apresentado o aplicativo da Guarupass, desenvolvido pela empresa Citti Mobi e denominado de “Botão do Pânico”, contra assédio a mulheres nos ônibus, além da palestra de Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão, e da apresentação musical de Nathan Pereira da Silva, vencedor do concurso Vozes pela Igualdade de Gênero.
A subsecretária de Políticas para as Mulheres, Verinha Souza, destacou a importância dos 16 dias de ativismo, lembrando que a campanha representa uma ação estratégica de combate a todas as formas de violência praticada contra as mulheres.
O prefeito Guti e os secretários Lameh Smeili (Assuntos Difusos), Telma Cardia (Trabalho), Giuliano Locanto (Transporte e Trânsito), Ana Marques (Diversidade), Toninho Messias (Acessibilidade e Inclusão) e Anderson Guimarães (Igualdade Racial) participaram da abertura. A vereadora Janete Pietá e representantes da Secretaria da Saúde também prestigiaram o evento. A importância da campanha foi consenso entre as autoridades.
O prefeito Guti agradeceu a presença de Jacira Melo e disse que essa batalha tem que ser feita por todos. Em relação ao aplicativo nos ônibus, o prefeito disse que o botão do pânico não pode ser comemorado, mas que ajuda a combater esse tipo de violência. “A gente tem que ter conscientização e mudar o comportamento do ser humano. É isso que nós temos que perseguir a exaustão. Além disso, os 16 dias de Ativismo tem que ser permanente”, ressaltou.
O secretário de Assuntos Difusos, Lameh Smeili, observou que além da violência a mulher também é vítima de racismo. Para Lameh, as pessoas têm que ser respeitadas. “Se a gente não respeitar o ser humano e principalmente a mulher, nós cometeremos uma violência contra a existência da raça humana. Deus deu para a mulher a importante tarefa de gerar a vida e o respeito a essa mulher tem que ser feito por meio da conscientização, da educação e de políticas públicas sérias e comprometidas”, afirmou.
Palestra
Na palestra sobre “O papel do ativismo no combate a violência contra a mulher”, Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão, que na década de 80, fundou o SOS Mulher, em São Paulo, disse que uma a cada cinco mulheres declara já ter sofrido algum tipo de violência e que 70% dos casos o agressor é o parceiro ou ex-companheiro. Segundo dados apresentados por Jacira, a violência física representa 51,68% dos relatos registrados.
A campanha conta com palestras, rodas de conversa, cine pipoca e distribuição de informativos sobre os 16 dias de ativismo nas Unidades Básicas de Saúde e nos Espaços e Casas das Mulheres. Parte das atividades iniciou na semana passada, com palestras sobre “Violência contra a mulher”, “Empoderamento feminino” e rodas de conversa. A programação prossegue até 16 de dezembro.
Campanha
Em 1991, 23 mulheres de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL), lançaram a Campanha dos 16 dias de ativismo com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. No Brasil, a campanha foi antecipada para o dia 20 de Novembro, também comemorado o Dia da Consciência Negra.
As participantes escolheram um período de significativas datas históricas, marcos de lutas das mulheres, iniciando a Campanha no dia 25 de novembro – Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e finalizando no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Desse modo, a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos.