A organização do Aberto da Austrália informou nesta sexta-feira que a próxima edição do Grand Slam realizado em Melbourne, entre os dias 14 e 27 de janeiro, passará a adotar um super tie-break de 10 pontos no set de desempate (o terceiro para as mulheres e o quinto para os homens) em caso de igualdade por 6/6 na parcial derradeira das partidas
Até a edição passada da competição, os sets de desempate não contavam com tie-breaks e só eram encerrados depois que um dos tenistas abria uma vantagem final de dois games sobre o seu adversário. Com a nova medida, a tendência é a de que vários confrontos muito equilibrados não sejam tão longos e a organização também evitará que jogos das sessões noturnas comecem ou terminem muito tarde.
Por meio de comunicado no site oficial do Aberto da Austrália, os organizadores ressaltaram que esta decisão foi tomada após consultas com tenistas e ex-tenistas, assim como com dirigentes da modalidade. “Perguntamos aos jogadores, tanto do passado quanto do presente, e também aos comentaristas, agentes e analistas de TV se eles queriam ou não tirar o set longo do final. Acreditamos que este é o melhor resultado possível tanto para os jogadores quanto para os fãs ao redor do mundo”, afirmou Craig Tiley, diretor do Grand Slam australiano.
“Fizemos um tie-break de 10 pontos no 6/6 para garantir que os fãs ainda tivessem um final especial para essas batalhas épicas. O tie-break mais longo ainda permite mais reviravoltas no final ou uma mudança de momentum de jogador. Além de também diminuir parte do domínio que os sacadores teriam em um tie-break mais curto”, reforçou.
Normalmente, um tie-break é vencido por um tenista que somar primeiro sete pontos, desde que abra dois de vantagem sobre o seu oponente. Agora, no set derradeiro das partidas do Aberto da Austrália, ele precisará somar ao menos dez para vencer. Isso já ocorre há bastante tempo no super tie-break de 10 pontos que serve para desempatar as partidas de duplas que vão para o terceiro set.
Com o anúncio oficial desta sexta-feira, o Aberto da Austrália se tornou o terceiro Grand Slam a adotar medidas para reduzir a duração dos embates que são decididos apenas no último set de desempate. Em outubro, a organização de Wimbledon, em Londres, informou que o tie-break será utilizado, a partir de 2019 do torneio, para definir a parcial decisiva quando a mesma atingir igualdade de 12 games a 12.
Já o US Open, em Nova York, se tornou o primeiro Grand Slam a introduzir o tie-break para definir os sets de desempate após igualdade em 6 a 6 no número de games, mas, diferentemente do que ocorrerá na Austrália, este tie-break é disputado no formato tradicional, com o vencedor sendo definido após marcar sete pontos (desde que abra dois de vantagem).
Assim, Roland Garros agora é o único Grand Slam que ainda mantém o set de desempate sem tie-break para definir as parciais derradeiras das partidas. Porém, como a adoção deste tipo de mecanismo vem ganhando força, a organização em Paris poderá rever essa questão, até porque os jogos realizados no saibro costumam ser mais lentos do que os que ocorrem em outros pisos como o das quadras que abrigam os outros três torneios de Grand Slam.