Cidades

Abertura do 4º Fórum de Direitos Humanos de Guarulhos mobiliza mais de 500 pessoas

O 4º Fórum de Direitos Humanos de Guarulhos, realizado nesta segunda-feira (12), mobilizou um público de mais de 500 pessoas no Teatro Adamastor, no Macedo. A abertura contou com a participação do secretário de Direitos Humanos em exercício, Martinho Risso, que representou o prefeito de Guarulhos, Guti, além de outros gestores municipais e representantes da sociedade civil.

“Esta é a 4ª edição do fórum, que acontece em referência ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado no dia 10, e é o ápice da 2ª Semana de Direitos Humanos, iniciada no último dia 2 e que se encerra nesta terça-feira (13). Ela foi institucionalizada e passou a ser prevista em lei desde maio passado, numa iniciativa do Executivo”, disse Risso. Ele explicou também que é uma oportunidade de reflexão sobre direitos de crianças e adolescentes e que resultará em discussões de sete câmeras temáticas e na sistematização de um documento nesta terça-feira.

O secretário de Desenvolvimento e Assistência Social, Fábio Cavalcante, salientou os trabalhos em conjunto com a pasta de Direitos Humanos. “As duas secretarias são coirmãs porque executam muitas ações em parceria em diversas frentes. Uma delas é questão humanitária dos refugiados afegãos, em que a Prefeitura atua para dar todo o suporte e retaguarda a essa população, garantindo segurança alimentar, aulas de português, vacinas, entre outras ações para a garantia de direitos”, afirmou Cavalcante.

Já para a representante sênior do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Gisele Netto, a pandemia trouxe alguns pontos a serem superados, como o aumento exponencial da pobreza e da fome neste primeiro momento, além de questões de juventude, violência de gênero e discriminações. “Este evento é importantíssimo. O mundo vive neste momento inúmeros desafios para os direitos humanos no pós-pandemia, como a violência contra mulheres e meninas, o descrédito das juventudes nas instituições, além de racismo, xenofobia e as diversas formas de discriminação”, disse Gisele.

Já a presidente da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude, Dalila Figueiredo, comparou crianças às flores, que se cuidadas desabrocham belas para a vida. Ela destacou também o apoio da administração municipal na garantia de direitos. “Vivemos tempos sombrios, com um grande número de pessoas em situação de pobreza e miséria. A Prefeitura tem se empenhado na garantia de direitos. Guarulhos é uma cidade que acolhe crianças e adolescentes e nunca tivemos problemas de vagas em escolas e em instituições. Somente juntos e com interlocução e com a intersetorialidade podemos vencer a grande barreira de garantir direitos àqueles que vão nos suceder: as crianças”, declarou Dalila.

Por sua vez, o secretário de Educação, Alex Viterale, falou que o tema direitos humanos foi tratado nas escolas da rede municipal com os alunos, que descreveram em cartas suas visões sobre o assunto. As cartas foram disponibilizadas aos participantes do fórum, que terá ainda o Fórum Infantil – Criança Feliz, uma sala temática exclusiva para discussão dos alunos.

Palestras

Com o tema “Trabalho Intersetorial no Enfrentamento às Violações de Direitos Humanos: Um Olhar para Infâncias e Juventudes”, a coordenadora do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em São Paulo, Adriana Alvarenga, abordou o trabalho da entidade no país, apresentou indicadores de Guarulhos em relação ao segmento e sugeriu boas práticas para inspirar a reversão dos indicadores, como busca ativa escolar e vacinal, educação antirracista, entre outros.

Por fim, a chefe da Divisão de Proteção Social Especial de Alta Complexidade de Guarulhos, a assistente social Márcia de Antonio Smerdel, discorreu sobre o trabalho desenvolvido pela Comissão Intersetorial para Construção e Monitoramento do Programa de Atendimento a Crianças e Adolescentes em Situação de Violência.

Posso ajudar?