Foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Guarulhos. A quadrilha foi responsável por cerca de 30 ocorrências registradas apenas no primeiro semestre deste ano no Distrito Federal, causando prejuízo estimado em R$ 1,4 milhão a dezenas de vítimas.
A quadrilha utilizava recursos tecnológicos avançados para identificar e abordar os alvos. Segundo a polícia, o golpe consiste em criminosos que se passam por advogados e, com acesso fraudulento a dados de processos judiciais reais, entram em contato com as vítimas alegando vitória nas ações.
Em seguida, criam um senso de urgência e solicitam transferências imediatas de valores altos para supostas custas judiciais, honorários ou outras despesas. A estratégia inclui técnicas de engenharia social e uso de informações reais para convencer as vítimas a realizar os pagamentos antes de verificar a autenticidade da situação.
A operação foi coordenada pela Divisão de Falsificações e Defraudações (Difraudes/Corf) da PCDF, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), além da Polícia Civil de São Paulo.
Participaram da ação 60 policiais civis e dois peritos do Instituto de Criminalística da PCDF, responsáveis pela coleta e análise de evidências.
A Justiça também autorizou o bloqueio e sequestro de contas bancárias, valores financeiros e veículos de luxo usados pelos integrantes da quadrilha. Os bens apreendidos serão periciados e poderão ser revertidos em favor das vítimas após o encerramento dos processos judiciais.



