Economia

ACE – Ambulantes ilegais invadem o Centro neste final de ano

Associação tem recebido reclamações de comerciantes da região

O Natal é tradicionalmente considerado a melhor data em vendas para o comércio de todo o país. Em Guarulhos não é diferente, os consumidores invadem o principal centro de compras da cidade – a Rua Dom Pedro II – para garantir o presente. Mas, se por um lado o consumo aumenta, outro fator vem preocupando comerciantes da região central: o aumento de ambulantes ilegais.

A Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE) tem recebido constantes reclamações do aumento de vendedores que fazem do calçadão da rua Dom Pedro uma loja ao céu aberto. Segundo estes empreendedores, a incidência aumenta entre às 17h e 18h, quando os ambulantes abrem suas toalhas no meio da via e colocam seus produtos em exposição.

O fato é confirmado pela vendedora Flávia Fírmino, de uma loja de acessórios femininos que fica na região central. "Já presenciei o fato em frente ao Shopping Poli, especialmente no final de tarde, aos sábados e em feriados. No entanto, ainda não mensurei se fomos prejudicados, mas, com certeza, outras lojas que pagam seus impostos e aluguel, como nós, já devem estar sentindo a influência dos ambulantes", disse.

O empresário Sidnei da Cunha, que possui uma loja de calçados na rua Dom Pedro, reclama da falta de fiscalização. "Quando chega o final do dia a rua fica uma bagunça. Eles estendem a toalha no chão e começam a vender. Acaba prejudicando a nós que pagamos para ter o nosso negócio legalizado", reclamou.

Roque Santos, que trabalha em uma loja de roupas, acredita que a ação dos ambulantes ilegais tem prejudicado as vendas. "O preço deles é bem menor do que o nosso, já que eles não têm tantas despesas", afirmou.

O presidente da ACE-Guarulhos, Jorge Taiar, acredita que a greve dos agentes de fiscalização do município esteja contribuindo com o aumento dos ambulantes ilegais. Em busca de informações sobre a greve, Taiar recebeu nesta segunda-feira, 12, integrantes do movimento grevista que explicou ao dirigente que a paralisação se deu por conta da não reclassificação salarial da categoria por parte da administração municipal.

"Com certeza a greve dos fiscais, que geralmente atuam mais fortemente nesta época do ano, tem ajudado no aumento dos ambulantes. Espero que o comando grevista e a administração municipal entrem em acordo o mais rápido possível, pois, que vem sendo prejudicado é o comerciante que está legal", disse.

O comando grevista e a administração municipal estiveram reunidos ontem, mas até o fechamento desta edição ainda havia uma decisão final.

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