Assim que foi notificada, a diretoria da entidade entrou com um recurso para derrubar a decisão liminar e aguarda que, até sexta-feira, haja um posição da Justiça. Mas informa que acatará a decisão mesmo que for contrária aos interesses da atual gestão. Até o momento, o interventor Carlos Bevilácqua, indicado pelo juiz da 9ª Vara, ainda não assumiu o comando da ACE nem as novas eleições foram marcadas.
O imbróglio que envolve as eleições realizadas em abril com chapa única teve início quando a Comissão Eleitoral, presidida pelo advogado Manoel Marcelo, que já compôs a diretoria da entidade, detectou que haviam assinaturas falsas entre os apoiadores da chapa de Oposição, liderada pelo empresário Eduardo Caldas. O registro não foi aceito e as eleições ocorreram sem disputa, vencendo o grupo liderado por Jorge Taiar, que está em seu segundo mandato.
No entanto, a Oposição foi à Justiça alegando vícios no processo eleitoral, inclusive apontando possíveis provas de que as assinaturas falsas teriam sido "plantadas" por pessoas ligadas diretamente a atual diretoria. Um inquérito foi aberto na Polícia Civil, que passou a investigar o caso.
Em paralelo, a 9ª Vara Cível de Guarulhos acatou o pedido da Oposição, conforme o GuarulhosWeb publicou em primeira mão no último dia 2 de agosto, decretando intervenção na diretoria da entidade, nomeando o advogado Carlos Bevilacqua como interventor, e marcou novas eleições em 30 dias. Um dos motivos alegados pelo juiz da 9ª Vara foi a de que o "Presidente da Comissão Eleitoral, Manoel Marcelo Camargo de Laet, participava expressamente da chapa da situação, na condição de integrante do Conselho Deliberativo, com total inobservância ao estabelecido no estatuto".