Um dia após o anúncio do acordo nuclear entre o Irã e as potências mundiais do P5+1 (Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia, mais Alemanha), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu aos congressistas norte-americanos leiam o acordo, expliquem suas preocupações específicas e proponham uma alternativa viável.
“Minha esperança é de que todos no Congresso avaliem esse acordo baseados em fatos, não em política, não em postura, não no fato de que esse acordo é oposto aos Republicanos”, disse Obama em coletiva de imprensa na Casa Branca. “Se o Congresso fizer isso, então, baseados em fatos, a maioria deve aprovar os termos desse acordo”, comentou. Entretanto, Obama disse que não espera que o Partido Republicano apoie o acordo.
“Com esse acordo, nós acabamos com todas as possibilidade de o Irã desenvolver seu programa nuclear”, disse o presidente norte-americano. “Sem um acordo, essas possibilidades permanecem em aberto. Não haverá limites para o programa nuclear iraniano e o país pode chegar perto de desenvolver uma bomba atômica”.
O acordo enfrenta grande resistência no Congresso e entre aliados dos Estados Unidos, como Israel. O Congresso, controlado pelo Partido Republicano, tem 60 dias para votar sobre o acordo e pode tentar bloqueá-lo. Obama já afirmou que irá vetar qualquer decisão do Congresso contra o acordo.
O presidente norte-americano afirmou que, sem um acordo nuclear, os riscos de guerra no Oriente Médio aumentam e pode levar outros países da região a desenvolver seus programas nucleares.
Obama afirmou que espera que o acordo incentive o Irã a “comportar-se de maneira diferente” na região, mas acrescentou que os Estados Unidos continuarão a ter problemas com o patrocínio do Irão ao terrorismo.
“O acordo nuclear não depende do Irã mudar seu comportamento”, disse Obama. “Ele resolve um problema particular, que é garantir que o país não tenha uma bomba atômica”, comentou. Fonte: Dow Jones Newswires.