O acordo de migração entre a União Europeia (UE) e a Turquia conseguiu reduzir em 80% o número de imigrantes para as ilhas da Grécia na última semana se comparado com as três semanas anteriores ao acordo.
No total, 5.847 pessoas chegaram depois do dia 20 de março contra 26.878 três semanas antes, apontou a Comissão Europeia. Entretanto, a Comissão disse que o futuro do acordo ainda é obscuro.
O resultado veio pouco tempo após a Turquia aceitar de volta todos os migrantes, incluindo os sírios refugiados que se deslocaram para a Grécia. Como contrapartida, a Turquia deve receber 6 bilhões de euros nos próximos três anos, além da possibilidade dos cidadãos turcos viajarem sem visto para o bloco a partir do final de junho.
A comissão disse que poderia recomendar as mudanças no visto a partir de maio, entretanto a medida precisaria ser aprovada pelos governos da UE – o que seria um entrave político em diversos países onde migração tem criado confrontos.
O acordo, também defendido pela chanceler alemã, Angela Merkel, foi apontado como uma forma de desencorajar o contrabando de pessoas e cortar uma das principais trilhas de migração, que levou mais de 1 milhão de pessoas para a Alemanha e Escandinávia no último ano.
Na terça-feira, o primeiro ministro turco, Ahmet Davutoglu, alertou que o acordo de migração não vai ser aceito se a UE não conceder aos cidadãos turcos a isenção de vistos até o final de junho.
A solicitação é controversa em várias nações, incluindo a Alemanha, França e Reino Unido – onde a migração é um fator crucial para um referendo em 23 de junho em que ele vai decidir se fica ou deixa a UE. Fonte: Dow Jones Newswires.