Cidades

Acusados de matar pai, mãe e filho em Guarulhos apresentam versões diferentes

O Setor de Homicídios de Guarulhos reproduziu os momentos do triplo homicídio de uma família no Jardim Presidente Dutra, nesta quarta-feira (26). A reconstituição durou cerca de três horas, já que os dois acusados pelo crime apresentaram duas duas versões diferentes para as mortes de pai, mãe e filho, numa casa da rua Itapicuru. Diego Querino Mello, de 27 anos, e Nicolas Bezerra Andrade, de 22 anos, divergiram sobre o crime.  
 
Os acusados chegaram por volta das 10h40, na rua Itapicuru. Diego, o primeiro suspeito detido, foi quem iniciou a simulação. Ele teria dito aos investigadores que, após matar Nelson Franco Lima, de 60 anos, e Luci Aparecida Gonçales Lima, de 57, ligou para Nicolas, pedindo ajuda para sair do local.
 
Após a chegada de Nicolas, os dois teriam revirado a casa e colocado alguns objetos em uma mochila para simular um latrocínio. Nicolas também teria ajudado Diego a limpar partes da casa para esconder provas do crime.
 
Porém, Bruno Gonçales Lima, de 24 anos, o filho do casal teria chegado na casa antes que a dupla pudesse fugir. Nicolas teria se escondido atrás da porta esperando a entrada de Bruno. Neste momento, ele jogou um lençol sobre a cabeça da vítima e teria o imobilizado para que Diego pudesse esfaqueá-lo.
 
Na versão de Nicolas, quando a vítima chegou à residência, o acusado teria jogado um lençol sobre a cabeça de Bruno para não ser reconhecido> Ainda segundo Nicolas, que nega ter paricipado da morte, Diego se aproximou e depois de uma luta corporal teria esfaqueado Bruno pelo menos 20 vezes.
 
Após a morte os dois ainda furtaram da residência um micro-ondas, um aparelho de televisão e fugiram levando o carro da família, abandonando o veículo a poucos quilômetros da casa.
 
Segundo o delegado titular do Setor de Homicídio de Guarulhos, Wagner Coimbra Terribilli, a reconstituição é essencial para esclarecer dúvidas sobre o momento do crime e a participação de cada acusado. “Os dois mantiveram as versões apresentadas em depoimento, mas com a reconstituição é possível confrontar tempo entre as ações e entender como ocorreu o crime”, explicou.
 
 

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