A cúpula anual da Otan começou em Vilna, na Lituânia, com a notícia de que a Turquia concordou em abrir o caminho para que a Suécia se junte a aliança militar. A decisão fez com que o foco do encontro seja a Ucrânia. Aliados da Otan ainda não chegaram a um consenso sobre a melhor forma de continuar apoiando Kiev e de abrir espaço para que a Ucrânia também entre para a aliança militar.
A mudança de posição do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na segunda-feira, 10, ocorreu após intensa pressão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros aliados. A decisão permitirá ao democrata proclamar na reunião que, ao invadir a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, trouxe exatamente o resultado que estava tentando impedir: o aumento da aliança militar em regiões próximas da Rússia.
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, participará da cúpula ainda nesta terça-feira, 11, afirmou Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan. Zelenski ameaçou ficar de fora da reunião se os membros não se comprometessem a quando e como a Ucrânia seria autorizada a ingressar na Otan. Antes do início da cúpula, o ucraniano disse que "seria um absurdo" a Otan não permitir a entrada da Ucrânia.
<b>Divisão</b>
Os países estão divididos sobre quando Kiev deve entrar na aliança militar. Biden disse no domingo, 9, que não acredita que a Ucrânia esteja pronta, enquanto nações como os países bálticos e a Polônia estão pressionando para que Kiev entre imediatamente na Otan ou assim que houver um cessar-fogo.
A cúpula também deve falar sobre a contraofensiva ucraniana, que não está tão bem quanto se esperava. A aliança militar deve discutir como continuar apoiando Kiev.
O governo Biden disse na semana passada que forneceria bombas de fragmentação à Ucrânia, um tipo de arma proibida por muitos membros da aliança. (Com agências internacionais).