A marca alemã Adidas decidiu encerrar a parceria com o rapper Kanye West após a publicação, pelo rapper, de falas antissemitas. No comunicado, feito nesta terça-feira, 25, a empresa afirmou que não tolera "antissemitismo ou qualquer tipo de discurso de ódio" e definiu a postura do cantor como "inaceitável, odiosa e perigosa". "(Os comentários) violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça", adverte a nota.
A Adidas informou ainda que a parceria será encerrada "imediatamente", assim como a produção da linha Yeezy, assinada pelo rapper, e que vai interromper "todos os pagamentos a Ye e suas empresas". O encerramento da linha Yeezy terá efeito imediato. A Adidas calcula que, a curto prazo, o impacto chegue a 250 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) no lucro líquido da marca.
<b>Camiseta</b>
Kanye West havia utilizado uma camiseta com a frase "White Lives Matter" ("Vidas Brancas Importam") durante a última Semana de Moda em Paris. A frase se contrapõe ao famoso "Black Lives Matter" ("Vidas Negras Importam"), divulgado em 2020 em manifestações nos EUA. A camiseta despertou reações, como a do rapper Diddy. Em resposta, Kanye disse que iria usar Diddy "como exemplo para mostrar às pessoas judias que te disseram que ninguém poderia me ameaçar ou influenciar".
Denunciada como antissemita, a fala levou à suspensão dos perfis de West no Instagram e no Twitter. E a Adidas evocou a necessidade de "respeito mútuo", sem mencionar o rapper diretamente. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>