As exonerações revelam que existe uma centralização de poderes na administração municipal e expõem uma crise interna no PT, entre os grupos ligados a Almeida e ao ex-prefeito Elói Pietá. Seabra era um dos poucos homens de confiança do ex-prefeito em cargos de relevância na atual administração e fazia parte de sua cota pessoal.
Apesar de ser responsabilizado, junto a Fiorin, pela crise gerada pelos aumentos abusivos de IPTU no início deste ano, Seabra foi mantido no cargo ainda prestigiado por Almeida. A gota d´água para seu pedido de demissão teria sido um decreto publicado na semana passada centralizando na Secretaria de Assuntos Jurídicos todas as licitações de compras das demais secretarias.
O mal estar levou ao pedido de demissão tanto de Seabra, confirmado, quanto do titular da Saúde, o vice-prefeito Carlos Derman, também do grupo de Pietá, que acabou voltando atrás com o recuo de Almeida em relação às licitações na área de Saúde, conforme outro decreto também publicado no Diário Oficial desta terça-feira.