A exoneração, publicada no DO de terça-feira, foi uma manobra política do prefeito Sebastião Almeida (PT), que escalou Edmilson para reforçar a tropa de choque da base governista na Casa de Leis durante as duas primeiras sessões do ano. O governo municipal temia que os vereadores da base não segurassem a onda de protestos, encabeçados pela Oposição, contra a cobrança abusiva do IPTU 2013.
Nas duas sessões, Edmilson liderou a base, fazendo discursos provocativos contra os colegas de Oposição. Nesta quinta-feira, chegou a acusar com insinuações que Guti (PV) – na terça-feira – teria incitado os manifestantes, que estavam do lado de fora da Câmara, a tentarem invadir o prédio ou mesmo atirado ovos em parlamentares.
A volta de Edmilson demonstra que Almeida entende que a crise que envolve o IPTU, cujo prazo para pedidos de revisão foi estendido até 28 de fevereiro, está estancada. A próxima sessão da Câmara está marcada para quinta-feira, dia 14, na semanal do Carnaval, quando provavelmente não deve reunir o quorum necessário.