O adolescente de 16 anos suspeito de ter matado seus pais e irmã na sexta-feira, 17, afirmou, segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, que “seu objeto era só matar”, que não se arrependeu de seus atos e, se pudesse, faria novamente.
Ele afirmou à polícia que o que o motivou foi seus pais terem tirado seu celular, e que sempre teve desentendimentos com os pais, já tendo pensado em matá-los anteriormente. Quanto à irmã, disse que “teve que matá-la”, pois estava no local (a casa da família).
O jovem passou o final de semana com os corpos dos familiares na casa, enquanto saía para academia e para ir à padaria. No domingo à noite, chamou a polícia admitindo os assassinatos. A defesa do jovem não foi localizada pela reportagem para comentar o caso.
A arma utilizada era de seu pai, um guarda civil municipal. O adolescente sabia onde o pai a escondia e quando estava sozinho em casa, testou um disparo em um colchão.
Ao chegar à casa da família, a polícia constatou que a arma estava sob a mesa da sala, municiada e com um cartucho íntegro. No piso superior, no chão, próximo ao corpo da irmã do infrator, havia também uma capsula deflagrada de arma de fogo.
O caso foi registrado como “ato infracional de homicídio e feminicídio, ato infracional de posse ou porte ilegal de arma de fogo e ato infracional (relativo a) vilipêndio a cadáver (ofensa grave que viola o respeito aos mortos)”. O infrator foi levado à Fundação Casa.