Menos de 50 dias após deixar a rádio <i>Jovem Pan</i> por fazer um gesto que foi associado ao nazismo, o escritor e comentarista Adrilles Jorge retornou à emissora nesta segunda-feira, 28, e passou a integrar o quadro de apresentadores do programa <i>Morning Show</i>.
Adrilles havia sido demitido no dia 9 de fevereiro, na esteira da polêmica iniciada pelo podcaster Bruno Aiub, o Monark. Ao encerrar sua fala em uma atração da <i>Jovem Pan</i>, o escritor levou a mão à altura da cabeça. Nas redes sociais, usuários apontaram semelhança com a saudação nazista "sieg heil", utilizada durante o período do Terceiro Reich alemão.
À época, o comentarista afirmou ser vítima da "cultura do cancelamento" e negou que tenha feito uma saudação. Ao <i>Estadão</i>, ele disse que o aceno era recorrente em suas participações no programa e que se tratava de um "tchau".
Recentemente, Adrilles disse ao site <i>NaTelinha</i> que seu retorno à emissora representa o reconhecimento, por parte da empresa, de que seu suposto "cancelamento" foi "absolutamente covarde e absurdo". "Claro que fiquei magoado, mas entendi a justificativa do Tutinha (Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, dono da Jovem Pan), você tem um tanto de marcas pedindo a cabeça de alguém por uma falsa acusação ", disse ele ao site.
Durante sua participação nesta segunda-feira, 28, Adrilles comentou a polêmica envolvendo manifestações políticas no Lollapalooza e chamou Anitta e Pabllo Vittar de "pseudoartistas". Ele criticou a representação do PL contra o festival, o que, segundo ele, foi um "tiro no pé" para a campanha de Jair Bolsonaro, e classificou a Lei Eleitoral como "estapafúrdia".