A advogada Bruna Morato, que defende 12 médicos contra a Prevent Senior, afirmou que estudos da empresa com “tratamento precoce” possuíam ligação com governo federal para evitar lockdown.
A advogada já havia dito que seu escritório, em Guarulhos, foi invadido, mas não afirmou se o crime tem relação com o caso. Contudo, em nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, ela alega que tem sido vítima de falsas acusações pela operadora de planos de saúde. “A advogada Bruna Morato informa que, com relação às acusações feitas pela empresa Prevent Senior contra a advogada e seus clientes médicos, elas são todas falsas. A empresa traça uma estratégia de defesa comum a todo acusado que, não tendo como se defender das acusações, passa a atacar a pessoa que acusou. Oportunamente, inclusive através das medidas judiciais cabíveis, todas serão desmentidas”, diz a nota.
Os profissionais de medicina, representados por Bruna, acusaram a empresa de coagi-los a aplicar tratamento precoce contra o coronavírus sem o consentimento dos pacientes. Segundo ela, os médicos recebiam um kit fechado, o que os impossibilitava de retirar qualquer medicamento do pacote.
“Os médicos eles entregavam [o kit] ao paciente e diziam: “Preciso te dar, mas te oriento, se você for tomar, que tome só as vitaminas; os outros medicamentos, além de não terem eficácia, são muito perigosos”, relatou a advogada.
A Prevent Senior nega e diz que vai colaborar com as investigações.
A invasão
O crime aconteceu duas semanas após as primeiras denúncias surgirem contra o plano de saúde. Os aparelhos furtados, um notebook e um Ipad foram roubados no seu escritório em Guarulhos no mês de abril. Eles eram utilizados para gravar entrevistas com os clientes da advogada. Segundo o Boletim de Ocorrência, quatro salas foram invadidas por três pessoas que circularam livremente no prédio.
As investigações sobre os suspeitos terminaram inconclusivas.